F1: E vocÁª, parou com a F-1 em 1º de maio de 1994?

Hoje se completa vinte anos da morte de Ayrton Senna, e com certeza você já leu nos jornais, nos sites e ou viu pela televisão um monte de matérias sobre aquele 1º de maio.

 

Nos últimos anos, escrevi várias colunas sobre esse dia. Já foram biografias sobre o Senna, de onde eu estava naquele dia, e até uma onde escrevi sobre onde e o que aconteceu com os outros pilotos que compunham o grid do GP de San Marino de 1994.

Desta vez resolvi fazer diferente, após ver, ler e ouvir tanta coisa nesse último mês. Lógico, parei para ler ou ver quando alguém do quilate de Emerson Fittipaldi, Frank Williams, Reginaldo Leme era o entrevistado. Pois sabia com certeza que seriam lembranças de quem de fato, viveu um dia muito triste.

Mas também tive que ver e ler muito “Pachequismo”. De gente que não entende nada do assunto, mas se vê como um “sabe tudo”. Teve um sem noção que escreveu que a equipe Toleman, a de estreia de Senna em 1984, era uma das piores equipes da época. Nem preciso dizer o tamanho da besteira que o cidadão escreveu. Pois a Toleman na época era uma equipe em ascensão (no ano anterior havia pontuado em quatro etapas, e apenas os seis primeiros pontuavam). Em 1984 a Toleman marcou 16 pontos, ficando a frente de equipes tradicionais como a Ligier.

Mas o pior de tudo foi ler ou ouvir a frase “Depois que o Senna morreu, parei com a F-1, nunca mais vi”.

Bem se você parou com a F-1 após 1º de maio, você nunca foi um fã do automobilismo. E desculpe, não faz falta alguma.

Antes que me atirem pedras, devo lembrar apenas uma coisa. Ayrton Senna era piloto, amava o automobilismo, e foi um dos maiores da história. Então se você parou com a F-1, simplesmente você nuca gostou de automobilismo. Foi mais um dos milhares que viram fãs apenas porque “tá na moda”. Assim como aconteceu com o Tênis e outros esportes, que viram surgir Á­dolos, e fãs de momento.

Agora quem ama o automobilismo, e me incluo nessa (afinal são 30 anos acompanhando, colecionando material (tenho revistas da década de 1950), e dez como profissional de imprensa), deve sim e muito lamentar aquele 1º de maio.

E lembrar com alegria dos grandes momentos que Senna nos proporcionou, em um esporte apaixonante.

Mas se você é uma “viúva” do Ayrton Senna, faz o favor, vá chorar em outro lugar!