Histórias: Equipe Coloni

Enzo Coloni foi piloto da década de setenta até o inicio da de oitenta. Quando venceu o Campeonato Italiano de F-3, em 1982, ele decidiu se retirar das pistas, para se tornar dono de equipe, estabelecendo o time em Passignano sul Trasimeno, na Itália.

 

Com Ivan Capelli venceu o campeonato Italiano de F-3. No ano seguinte, foram disputar o Europeu de F-3, com Capelli conquistando o campeonato. Alex Caffi conquistou o tÁ­tulo, para a equipe, em 1985. Com um March 85B, Coloni entrou na F-3000 Internacional em 1986, com Gabriele Tarquini. O time no Italiano de F-3 continuava a conquistar tÁ­tulos.


 


Enzo Coloni decidiu passar para a F-1 em 1987. O Coloni FC187 foi desenhado por Roberto Ori, e apareceu pela primeira vez no GP da Itália, com o italiano Nicola Larini não se classificando para a largada. Na Espanha o carro fez a sua estréia, com Larini completando apenas oito voltas, depois de ter problemas na suspensão.


 


Para 1988 foi contratado o italiano Gabriele Tarquini, e lançado o FC188. Depois de um bom começo de temporada, com o carro se classificando para os cinco primeiros GPs, e conquistando um 8º lugar no Canadá, a equipe só se classificou para três das onze corridas restantes. No meio da temporada a Coloni contratou os três principais integrantes da equipe francesa AGS. O projetista Christian Vanderpleyn, o engenheiro Michel Costa e o chefe d equipe Frederic Dhainaut.


 


O brasileiro Roberto Moreno e o francês Pierrre Henri-Raphanel foram contratados para guiarem para a equipe em 1989. Até o modelo projetado por Vanderpleyn, o C3, ficar pronto foi usado um versão B do FC188. Em cinco etapas os carros só se classificaram para a largada em MÁ´naco. O C3 fez a sua estréia no GP do Canadá, com Moreno abandonando com problemas elétricos. A partir do GP da Bélgica o italiano Enrico Bertaggia assumiu o segundo carro no lugar de Raphanel. No restante do campeonato a equipe se classificou para apenas mais duas etapas, na Inglaterra e Portugal, ambas com Roberto Moreno. Os três funcionários trazidos da AGS foram dispensados no final do ano.


 


A equipe foi vendida para a Fuji Heavy Industries, empresa ligada a montadora nipÁ´nica Subaru. Foi anunciada a construção de um motor boxer de 12 cilindros, a cargo da Motori-Moderni. O japonês Yoshio Takaoka assumiu a presidência da empresa, com Enzo Coloni na vice-presidência.


 


A equipe foi toda reformulada, com o engenheiro Paul Burgees supervisionando o novo carro, o C3B, equipado com um motor Subaru. O piloto belga Bertrand Gachot foi contratado. O motor Subaru se mostrou um fracasso, com o carro não se classificando nenhuma vez para a largada.


 


Vanderpleyn retornou ao time, para projetar uma nova versão. Mas em julho a Subaru abandonou o projeto, revendendo o time a Enzo Coloni, que havia se desligado do time dois meses antes. O motor Subaru foi substituÁ­do pelo Ford-Cosworth a partir do GP da Alemanha, com a estréia do C3C. Mas tudo isso se mostrou inútil, pois Gachot continuou assistindo as corridas pela TV, aos domingos.


 


Para 1991 foi contratado o piloto Pedro Matos Chaves, o primeiro português na F-1 desde Mario Cabral nos anos 50 e 60. Chaves trouxe um patrocÁ­nio para a equipe, mas o modelo C4 se mostrou tão ruim quanto aos anteriores e o piloto, depois de 13 tentativas frustradas de se classificar para a largada, deixou a equipe. Nas duas últimas etapas do ano, o japonês Naoki Hattori substituiu o português, sem sucesso logicamente.


 


Em setembro Enzo Coloni vendeu a equipe para o italiano fabricante de sapatos Andrea Sassetti, que com a Andrea Moda protagonizou um dos maiores vexames da história da F-1. Coloni voltou a disputar a F-3 Italiana e a F-3000 Internacional. Atualmente a equipe atua na GP2 Series.


 


A Coloni disputou 13 GPs na F-1.