Papo de Box: Entrevista exclusiva com Carlos Iaconelli, único representante brasileiro na F2

O piloto paulista Carlos Iaconelli é o único brasileiro presente na Fórmula 2, categoria escola e que volta ao cenário depois de mais de 30 anos.

Iaconelli de apenas 21 anos participou da prova de abertura na F2 em Valência (Espanha) saindo da estréia com um ótimo segundo lugar na etapa de abertura e um sétimo na segunda etapa o que lhe garantiu a terceira posição na classificação.

No automobilismo desde 1998, Carlos iniciou no kart como a grande maioria dos pilotos que sonham em fazer carreira rumo ao automobilismo internacional. Depois o piloto passou por categorias Fórmula São Paulo, F-Renault, F3 Sulamericana, F3 Espanhola, F3 Italiana, F3 Européia, World Series by Renault e GP2 Series.

Após a abertura da “nova” categoria, Carlos Iaconelli falou com exclusividade com o SpeedRacing.com.br sobre a carreira, temporada 2009 e planos futuros, confira:

SpeedRacing.com.br: Você já passou por diversas categorias internacionais como F3 Sulamericana e Espanhola, F-Renault Italiana e Européia, World Series e GP2 Series. Por que mudar para a Fórmula 2, uma nova categoria e não ficar mais um ano na GP2 Series?
Carlos Iaconelli: Por diversas razoes:
Só se tem alguma chance de prosseguir na busca de um salto maior para a Formula 1 na GP2 se você puder correr numa das três ou quatro melhores equipes da categoria, como todos nós sabemos, isso tem um alto custo que infelizmente hoje, devido a toda essa crise mundial, ficou inviável para mim que corro sem nenhum patrocinador. Outra razão é a grande oportunidade de se correr numa categoria nova que tem como proposta principal a igualdade de condições entre pilotos que conseguirão assim, mostrar o seu potencial, além do preço acessÁ­vel e da mesma visibilidade da GP2, proposta por essa nova categoria.

SR: Como foi sua estréia na categoria?
CI: A estréia foi muito positiva considerando que ainda não conseguimos um set up ótimo do carro. Não conhecÁ­amos o tipo de pneu e não tinha total conhecimento do carro.

SR: Todos os carros da F2 são iguais, e não há equipes. Existe troca de informações entre os pilotos?
CI: Todos os carro são iguais mas pode-se alterar o set up em alguns itens. Cada três pilotos possuem o mesmo engenheiro de pista e ainda pode-se ter a telemetria da melhor volta da seção de treino, existe alguma troca de informações mas cada piloto guarda seu melhor set up para si.

SR: Como você vê a divulgação da nova categoria? E a mÁ­dia brasileira, está lhe dando espaço para a categoria e para você como o único representante do paÁ­s?
CI: A divulgação da categoria na Europa é boa para os pilotos europeus. No Brasil pretendo mandar informações a cada evento mas acredito também que os resultados trarão o interesse e a visibilidade necessária.

SR: Na primeira prova você alcançou um pódio, e no final da primeira rodada saiu de Valência com a terceira colocação no campeonato. Como você prevê o restante do campeonato e quais os seus objetivos para esse ano?
CI: O resultado geral foi muito bom, tive uma grande dificuldade de obtê-lo pois não estava com um set up ideal, tive muito trabalho para manter o carro na pista, por duas vezes sai fora mas consegui me estabilizar na posição mas estava longe de disputar a primeira posição. Estou trabalhando bastante para que nas próximas etapas consiga ter um carro mais competitivo. Meu objetivo principal é obter vitórias nas corridas, para quem sabe abrir esse campeonato.

SR: Quais serão os próximos passos de Carlos Iaconelli no automobilismo
mundial?
CI: Estou muito motivado e animado para atingir a categoria maior do automobilismo mundial. Obter uma boa classificação no campeonato me abrirão portas!

SR: Fórmula 1 ou IndyCar?
CI: Com certeza a primeira opção!