12 Horas de Tarumã: Equipe Tubarão faz dobradinha histórica nas 12 Horas de Tarumã

As 12 Horas de Tarumã tiveram sua história de Davi contra Golias em 2017. A edição 37 da mais tradicional corrida de Endurance do Brasil teve vitória do MRX #32, guiado por Sérgio Ribas, Mauro Kern e Paulo Souza. A bordo de um carro da classe P2, teoricamente menos potente que os P1, o trio conseguiu a façanha de andar sempre com os lÁ­deres e, aproveitando os problemas dos rivais, faturar a prova após 555 voltas de uma maratona sob calor escaldante em Viamão. Foi festa completa da equipe MC Tubarão, que ainda colocou seu carro P1 no segundo lugar, após problemas que empurraram 16 voltas atrás dos ponteiros.

A largada teve o MR18 #6 (Cláudio Ricci, Felipe Roso, VinÁ­cius Roso e Henrique Assunção) pulando na dianteira e imprimindo forte ritmo. Um dos carros mais modernos do grid, que ainda contou com a estreia problemática do hÁ­brido Sigma P1 de Felipe Bertuol, o MR18 iniciou uma batalha forte com o MC Tubarão. Ambos tiveram problemas, contudo, a partir da quarta hora de corrida, com muitos reparos ao longo da madrugada.

Com isso, despontou a força do MCR #71, um carro mais antigo mas amplamente reformado pela equipe Satti Racing com os pilotos Ian Ely e Daniel Claudino. Estreantes na prova, passaram a ser força dominante, liderando enorme número de voltas e chegando a abrir quatro para os perseguidores imediatos. Enquanto isso, o MRX #32 administrava um belo ritmo com um carro de potência inferior, esperando para o bote fatal.

Veio o amanhecer e o calor tórrido, o que iniciou uma cascata de problemas para vários times. Quando a briga apontava para ser tripla – #32, #71 e o MRX #27, que também se recuperou bem – vieram as falhas mecânicas. Usualmente o drama das 12 Horas atinge seu pico Á s 10h da manhã. E foi o que aconteceu.

De repente, MCR #71 e MRX #27 pararam nos boxes com problemas. O #32 nem quis saber e tomou a liderança, abrindo sete voltas de vantagem sobre o segundo, agora o MC Tubarão #5. Numa jornada épica de recuperação o segundo lugar conseguiu descontar de 16 para três voltas o déficit. Só que o esforço cobrou seu preço na arrancada final.

Uma última dose de emoção veio com o aquecimento repentino do #32, que recolheu aos boxes, onde recebeu um banho de água e regulagens no motor. Funcionou, o protótipo voltou para a pista melhor que todos os rivais diretos, sem ser ameaçado. Nos finalmentes, o MCR #71 conseguiu superar o Scheer V8 #26 para confirmar um pódio no geral e segundo posto da classe P1. Na bandeirada, festa completa da equipe Tubarão, que retoma um troféu das 12 Horas e ainda fez dobradinha com seus carros.

A briga da Classe P3 teve vitória de outro incrÁ­vel protótipo, o MRX #56 de Rodrigo Simon, Gustavo Simon, Gustavo Frey e Carlos Beleza. O trio esteve sempre no top seis da prova e finalizou em quarto, um ritmo alucinante para um carro aspirado de oito válvulas.

Na Classe Turismo, o Gol #22 de Reinaldo e Ike Halmenschlagger, com Alex Fabiano, foi soberano. O Golzinho faturou mais um tÁ­tulo de forma impecável, sem ser ameaçado e com o oitavo lugar no geral. Por fim, o Corsa #28 (Cleiton Krause / Daniel Moraes / Arthur Caleffi / Bruno Razia) fez valer a regularidade para levantar a taça da categoria T2.

http://www.correiodopovo.com.br/blogs/pitlane/wp-content/uploads/2017/12/resul.jpg

Fonte: correiodopovo.com.br