F1: Bruno Senna revive parceria com indiano na Fórmula 1

Karun Chandhok será companheiro do brasileiro na HRT F1 Team.

Depois de longo perÁ­odo de incerteza quanto ao nome do segundo piloto da equipe, a HRT F1 Team – novo nome da Campos Meta F1 – apresentou nesta quinta-feira em Murcia (Espanha) o indiano Karun Chandhok como companheiro de Bruno Senna. Os dois correram juntos em 2008, quando Bruno Senna conquistou o vice-campeonato da Fórmula GP2 pela iSport.
A HRT F1 Team – Hispania Racing F1 Team, cujo controle recentemente foi integralmente assumido pelo empresário espanhol Jose Ramón Carabante e terá o alemão de origem romena Colin Kolles como diretor-geral, exibiu também o carro – rebatizado de HRT – que alinhará no grid do Bahrein na semana que vem na abertura da temporada. “Karun nos impressionou na Fórmula GP2 e será ótimo ter um piloto indiano no GP da Ándia”, justificou Kolles, lembrando que o paÁ­s será uma dos próximos destinos da Fórmula 1.
Bruno, que acompanhou de perto a produção do carro na fábrica italiana Dallara, não escondeu a ansiedade pela estreia na principal série do automobilismo mundial. “Este será o primeiro ano meu e da equipe na Fórmula 1. Mas vejo que o clima aqui está legal e poderei me concentrar 100% na pista. Até me sinto meio que um veterano, já que vi o carro pela primeira vez em novembro e depois fiz os ajustes do banco. O carro tem umas idéias legais. Mas, claro, temos um longo trabalho pela frente, uma vez que não participamos dos testes de inverno na Espanha. Continuo com a expectativa inicial. Acredito que uma meta realista será brigar para ser a melhor das pequenas e tentar terminar sempre que possÁ­vel na zona de pontos”, comentou.
Sem pilotar um carro de corrida desde outubro passado, quando testou um GP2 em Jerez de la Frontera, Bruno pretende treinar de kart durante o final de semana na Inglaterra. “Sentar direto num Fórmula 1 depois de todo esse tempo não será fácil. Menos mal que conheço o circuito da minha época da GP2”, observou. Nos últimos meses, Bruno aproveitou para melhorar o condicionamento fÁ­sico. “Neste aspecto, as pistas rápidas como Silverstone são as que exigem mais do piloto. Na parte psicológica, manter a concentração o tempo todo em circuitos de rua como MÁ´naco e Cingapura é complicado”, comparou.
Bruno desembarca na Fórmula 1 numa fase de modificações importantes no regulamento, como o fim do reabastecimento. “Acredito que toda vez que as regras são alteradas quem se beneficia são as equipes e os pilotos novos. Seria muito mais difÁ­cil começar com o regulamento do ano passado. Mas isso não significa uma vantagem muito grande. Também teremos de desenvolver o carro e o ritmo dos pilotos para condições que variarão demais ao longo das corridas, por causa das diferenças de peso e condições dos pneus. Ainda bem que sempre aprendi rápido”, brincou.