Brasileiro de Marcas: Romanini lamenta abandono e afirma que quebra impediu sua terceira vitória no ano

Piloto paranaense enfrenta três quebras de motor durante o fim de semana e só descobre causa das quebras horas antes da largada.

 


Marco Romanini viveu um fim de semana atÁ­pico durante a sétima etapa do Campeonato Brasileiro de Marcas & Pilotos. Depois de conquistar a vitória em suas duas primeiras participações e de abandonar sua terceira prova na categoria no momento em que estava na liderança, o paranaense enfrentou três quebras de motor durante a programação de sábado (29) e domingo (30) em Santa Cruz do Sul. A última levou-o a abandonar a corrida logo na primeira volta.


“Uma quebra de motor não é o fim do mundo, qualquer piloto está sujeito a isso. Mas três, como tivemos em Santa Cruz, é extremamente fora do normal. Ninguém na equipe entendia o que estava acontecendo”, reconhece o paranaense da Stumpf Preparações. “Pelas imagens da câmera on board, percebemos que a pressão do óleo do motor caÁ­a bastante, sempre no mesmo ponto da pista. Foi o ponto de partida para a gente descobrir onde estava o problema”, conta.


Depois de uma quebra de motor nos treinos livres da sexta-feira (28) e de outra na tomada de tempos classificatória de sábado, a Stumpf concluiu que todo o problema deveu-se ao efeito da inércia sobre o óleo do cárter. “Naquele ponto da pista, o carro chega muito forte, e há uma seqüência de curvas em zigue-zague que faz o óleo deslocar dentro do cárter. Neste espaço de tempo, o ‘pescador’ não consegue puxar o óleo e a lubrificação não acontece. AÁ­, o motor travava”, diz.


Romanini diz que o problema custou-lhe o que seria a terceira vitória em quatro corridas. “Eu larguei em sétimo, porque na minha única volta na tomada de tempos o motor quebrou pela segunda vez e eu completei a volta em ponto morto. Mesmo assim, meu carro estava uma bala, muito rápido. Mas nós só descobrimos a causa do problema quando era tarde demais, não havia o que fazer. Eu só tinha a tentativa de largar e terminar a corrida, mas o motor quebrou logo de cara. Foi surpresa para nós”.


A vitória na corrida foi do paranaense Fábio Ebrahim. “O Fábio foi um dos poucos que não tiveram motor quebrado. Parece fácil falar depois que as coisas acontecem, mas tenho muitos motivos para acreditar que a vitória pudesse ser nossa se o motor não tivesse quebrado. Na corrida, eu só fiz metade da primeira volta e já estava em quarto quando abandonei. Agora, só resta refazer o motor pensando na próxima etapa”, diz, citando a prova de 4 de novembro em Curitiba.