Coluna: 13 anos sem o grande campeão, por Vitor Garcia

1º de maio de 1994, já se passaram 13 anos, mas ainda é difÁ­cil acreditar na história que aconteceu. TÁ­nhamos o melhor piloto, no melhor carro… Mas no meio do caminho havia uma curva!

A temporada não havia começado bem, depois de 3 provas, nosso tricampeão ainda não havia vencido nenhuma vez, e um tal de Michael Schumacher dava sinais que iria atrapalhar o sonho de mais um tÁ­tulo brazuca.

Começava a parte européia da temporada, na Itália, circuito de Ámola. Era hora do nosso herói dar a volta por cima, vencer e mostrar quem mandava por lá. Mas a bruxa parecia estar a solta na terra da bota.

Na sexta-feira, Barrichello decola com sua Jordan e está fora da corrida: nariz quebrado, braço luxado, vai assistir a prova de casa. No sábado mais uma vÁ­tima, infelizmente fatal: Ratzemberger, o novato austrÁ­aco da Sintek bate e morre. Senna, que já havia marcado a pole, pega um carro de resgate e vai até o local do acidente analisar o ocorrido. Na volta é chamado na torre de controle e recebe um breve recado para não se meter em assuntos que não se referiam a pilotagem.

Enfim, chega o domingo… Senna está apreensivo, parece que não quer correr, mas o profissionalismo fala mais alto. Se prepara e vai para a pista ocupar o primeiro lugar no grid. Essa seria a última vitória do nosso eterno campeão, que morreu como o grande piloto que sempre foi, liderando a prova, até a bandeirada final da vida.

Parece mentira, mas aquele cara que nos acostumamos a assitir todas as manhãs vencendo corridas se foi. O tema da vitória demoraria muitos anos a tocar novamente, agora por outros jovens talentos, mas não é mais a mesma coisa, aquela sempre será a “música do Senna”.

O piloto se foi, mas o Á­dolo é eterno. Fica na lembrança de todos a imagem do grande homem que mais do que um piloto, mostrou ser um brasileiro que não teve vergonha de mostrar sua bandeira, que jamais desistiu do seu objetivo e que mesmo depois de não estar mais entre nós, deixou uma história de vida que é seguida por muitas pessoas, inclusives crianças que não o conheceram nas pistas, mas que levarão seus ensinamentos para sempre através do Instituto Ayrton Senna.

13 anos já se foram, e ainda é difÁ­cil de acreditar. Talvez Senna não tenha morrido, pois heróis não morrem jamais. Ele continua entre nós eternamnte.

Saudades…