Coluna: Piracicaba, a nova praça do automobilismo paulista, por Vitor Garcia

No final de setembro foi inaugurado no interior de São Paulo o segundo circuito do estado, uma nova opção para os regionais que sempre ficam a mercê de Interlagos e da F1.
O autódromo Benedito Gianneti é um semi-oval de 1.103m construÁ­do no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA), localizado a 167km da capital paulista.

O complexo ECPA, além da pista de asfalto, já é conhecido pela sua pista de terra, que atualmente com seus 938m juntamente com a área asfaltada forma uma pista de 2.041m para a prática do esporte motor, utilizando carros de turismo (como os denominados Turismo N), gaiolas, etc. Além da pista, um ótimo kartódromo (descoberto), lanchonete, loja de acessórios e amplo estacionamento completam a área dessa nova praça do automobilismo paulista.

Durante a inauguração, várias personalidades estiveram presentes, como o multicampeão de Stock Car Ingo Hoffmann e Guto Negrão, ambos com seus carros, levantando os espectadores presentes nas arquibancadas.

O piloto Flávio MarcÁ­lio trouxe sua Dodge Dakota para prestigiar o evento, juntamente com Djalma Fogaça e Beto Monteiro da Fórmula Truck, dando um show com seus caminhões Ford, simulando uma corrida e fazendo a galera prender a respiração a cada curva.

A festa foi completa, com pilotos da Stock Light, Stock Jr., duas baterias da Classic, além é claro que duas disputadas baterias do Turismo N, onde o pessoal esqueceu que seria uma prova de inauguração e disputou posições com unhas e dentes. Á“timo para os fãs do automobilismo que marcaram presença.

Apesar da pista curta, Dito Gianneti, proprietário do complexo tenta instalar em solo brasileiro um novo conceito de automobilismo, inspirado nos americanos, onde toda cidade do interior possui um pequeno autódromo para o desenvolvimento do esporte na região.

São Paulo é totalmente dependente do autódromo de Interlagos, onde acontece a Fórmula 1. Claro que isso é muito importante para a cidade e para o paÁ­s, pois estima-se que em 2007 o GP do Brasil traga aproximadamente R$ 200 milhões a cidade, porém não podemos esquecer do alto valor pago para isso: desde antes do meio do ano que a pista encontra-se fechada devido a reformas necessárias para a categoria máxima do automobilismo mundial. Imagine quantas pessoas estão sem emprego devido a isso? Pessoas que dependem do automobilismo regional para sobreviver? Agora pelo menos espera-se que isso não aconteça mais, com a criação dessa segunda opção muito próxima a capital.

Á“tima iniciativa do Dito Gianneti, sua famÁ­lia e toda sua equipe responsável pelo ECPA. Nós, apaixonados por automobilismo e que sempre trabalhamos para fortalecer o esporte, só temos que aplaudir essa bela iniciativa.