Copa Clio: Até bueiro torna-se desafio na corrida de rua de Vitória

Renault Speed Show fará Fórmula Renault e Copa Clio nas ruas de Vitória, único circuito de rua a ser usado neste ano por uma categoria nacional.



Ondulações, proximidade dos guard-rails e até um bueiro são os desafios do único circuito de rua a ser utilizado nesta temporada em todo o Brasil. Em Vitória, tanto a Fórmula Renault quanto a Copa Clio farão a única demonstração do ano neste tipo de pista, já que Salvador e Florianópolis, outras cidades que costumam receber o Renault Speed Show, a única categoria nacional a correr em prova de rua, não fazem parte do calendário deste ano.


 


Justamente por apresentar um grau extremo de dificuldades extras, os pilotos admitem que esperam ansiosamente a prova de Vitória. “Claro que as condições da pista são bem mais complicadas do que as de um autódromo, mas ao mesmo tempo este tipo de desafio testa a habilidade dos pilotos. Eu sou fã de corrida de rua”, comenta Miguel Paludo, um dos mais jovens do grid, com 22 anos.


 


O piloto da Neoforma Racing estreou na categoria no meio da temporada passada, e tem no currÁ­culo duas participações neste tipo de circuito de rua: Vitória e Salvador. Considerada a mais charmosa etapa do ano, por ocorrer nas ruas do belo bairro da Praia do Canto, região nobre da capital capixaba, a etapa de Vitória apresenta particularidades que a tornam única.


 


“A proximidade do guard-rail faz com que o piloto não possa cometer nenhum tipo de erro, até mesmo no treino, porque pode comprometer a participação na corrida. Na entrada da reta, o retrovisor passa a centÁ­metros do muro, a mais de 130 km/h. Em uma das curvas, outro perigo é um bueiro que fica bem na saÁ­da da tangência, e todo cuidado é pouco. Isso sem contar que há duas retas onde atingimos quase 180 km/h”, comenta Miguel.


 


O gaúcho compete em uma equipe própria, juntamente com seu irmão Daniel Paludo. Embora mais velho, é o caçula que tem mais experiência na categoria e que dará as dicas ao companheiro de equipe que faz sua estréia em Vitória.


 


“Tive muito pouca quilometragem neste tipo de circuito, fiz algumas voltas apenas na etapa de Salvador no ano passado. Sem dúvida, será uma dificuldade grande para eu me adaptar rápido ao traçado, até porque há menos tempo de treino, pois só há atividades no sábado e domingo”, comenta Daniel.