F-BMW: Vilarinho embarca para o maior desafio de sua carreira

No inÁ­cio de outubro, pilotos do mundo inteiro estarão em Valência, na Espanha, em busca de um contrato oficial com a BMW.

A transição entre o kart e o automobilismo é sempre a mais delicada da carreira de um piloto. Principalmente quando há uma montadora diretamente ligada Á  Fórmula 1 de olho nele. É o que vive o brasileiro Giancarlo Vilarinho, que deixa o Brasil nos próximos dias rumo ao maior desafio de sua carreira até o momento: vencer o BMW Scholarship, que será disputado nos dias 3 e 4 de outubro, em Valência, na Espanha. Ao lado dele, estarão garotos do mundo inteiro com o mesmo objetivo. Para aumentar suas chances de ganhar o evento, fará uma preparação intensiva até o inÁ­cio da competição.

Serão três dias de testes na pista de Pembrey, no PaÁ­s de Gales, com o carro da Fórmula BMW, o mesmo que será utilizado na disputa. Os treinos serão importantes para que Giancarlo Vilarinho recupere o ritmo. Apesar da boa quilometragem somada em 2007 (foram 3.600 km de testes nos Estados Unidos), ele não anda desde a primeira fase do BMW Scholarship, realizada em agosto. As sessões começam quarta-feira (26), prosseguem quinta-feira (27) e terminam segunda-feira (01), pouco antes do inÁ­cio das atividades para a decisão do evento.

“Fiquei muito feliz por ter sido convidado para a fase final e meu objetivo é sair de lá com a melhor avaliação possÁ­vel. Conseguir este contrato de piloto oficial da BMW será algo muito importante para a minha carreira. Passei o ano inteiro me preparando para este momento e acredito que tudo o que fiz até aqui só me dá mais confiança para alcançar o resultado”, revela Giancarlo Vilarinho. Para atender o regulamento do concurso, que não permite pilotos mais experientes, ele ficou o ano inteiro apenas dedicado aos treinos, sem correr, sempre acompanhado por seu manager, Paulo Carcasci.

A diferença básica nesta fase final será a cronometragem. Na fase inicial, os instrutores da BMW nem se importavam com os tempos de volta. Estavam mais concentrados em observar a forma de pilotagem de cada um e a postura nos boxes. Tudo isso eles já viram. Agora, os tempos serão registrados e também vão servir de referência na avaliação. Neste quesito, Gian também está tranqüilo. Foi o mais rápido de seu grupo, em agosto, com uma volta superior a do vencedor do evento em 2006. “Outro fator positivo é que agora eu já conheço a pista e o nÁ­vel de exigência dos olheiros”, conclui.

Gian parte em busca de seu objetivo cheio de agradecimentos. Por se tratar de um ano atÁ­pico, seu primeiro no exterior, ele precisou do apoio do colégio onde estuda, o Saint-Hilaire, para concluir a 8ª série. “Apesar de estar totalmente focado no automobilismo, eu não podia me atrasar nos estudos e recebi total apoio, com provas em datas especiais. O que eles fizeram por mim certamente vai se refletir no futuro e só posso agradecer com mais empenho”, afirma. Ele também agradece aos patrocinadores da época do kart (Flying Horse, Sony Ericsson, Probel, Kennex e Inilbra) que lhe permitiram sonhar mais alto.