F1: Bruno Senna quebra o gelo e já prevÁª evolução do carro

“Vamos continuar melhorando até o final da corrida”.

Bruno Senna deixou o autódromo de Sakhir na noite desta sexta-feira cansado pelo longo dia de estreia na Fórmula 1, mas satisfeito com o balanço do primeiro contato com o carro da HRT F1. “Foi um dia bom. Conseguimos fazer tudo o que estava programado e, o que é mais importante, sem problemas graves, a não ser uma coisinha ou outra normal para um carro que nunca tinha rodado”, analisou, citando uma leve queimadura nas costas como efeito colateral do batismo de pista da equipe espanhola.

No total, Bruno completou 20 voltas. As três primeiras, pela manhã, serviram apenas para a verificação dos sistemas. “A equipe me pediu somente para conferir se não havia nenhum vazamento no motor ou algo queimando. Felizmente, tudo estava funcionando a contento”, disse. No perÁ­odo da tarde, percorreu mais 17 giros e estabeleceu a melhor passagem em 2min06s968, ou 11,5 segundos mais lento que a marca que deu ao alemão Nico Rosberg, da Mercedes-Benz, a volta mais rápida no geral das duas sessões.

Bruno disse que a diferença já era esperada, mas que a prioridade da HRT ainda está longe de ser com o cronÁ´metro. “Ainda não foi possÁ­vel fazer qualquer trabalho de performance ou acerto. Por isso é que eu estava tão lento. Mais tarde, aliás, descobrimos que o motor estava operando com apenas 88% da potência. Além disso, em alguns momentos parecia que havia um turbo, porque de repente dele dava uma acelerada”, explicou.

Uma das equipes novatas e com participação no campeonato confirmada apenas nas últimas semanas, a HRT F1 não esconde que o Grande Prêmio do Bahrein, abertura da temporada 2010 da Fórmula 1, servirá muito mais como o seu primeiro grande teste – a equipe não participou dos ensaios de pré-temporada. “Hoje, por exemplo, nem deu para começar a me entender com o volante e seuiss iinúmeros botões, porque nosso foco era muito mais andar com o carro. Eu também estava precisando me readaptar, porque não pilotava um carro de corrida fazia tempo”, lembrou.

Bruno acredita que, de posse das inúmeras informações colhidas nos treinos iniciais, o rendimento do carro “vai melhorar um monte” a partir deste sábado e até o final da corrida. Lembra, no entanto, que a preocupação com os resultados dos treinos classificatórios e de sua posição de largada no grid deste domingo é a última coisa que passa pela cabeça de todos na HRT. “Nosso objetivo continuará sendo aquele que traçamos antes de chegar aqui: andar o máximo possÁ­vel. É isso o que temos de fazer, para entender o carro e melhorá-lo. Karun Chandhok, meu companheiro de equipe, ainda nem andou, porque o carro dele deu um problema. Este é só o começo”, concluiu”.