F1: Cyril Abiteboul critica parceria de equipes na Fórmula 1

A Fórmula 1 vive um jejum diferente. Com três equipes dominantes, a categoria teve só pilotos da Mercedes, Ferrari e Red Bull vencendo corridas desde o começo de 2013. Para tentar desbancar esse tabu, a Renault, que terminou a última temporada como quarta melhor equipe, se planeja para ameaçar as três mais fortes, mesmo sem estar disposta a fazer nenhuma loucura.

O chefe da equipe francesa falou sobre a disputa louca entre as três principais construtoras. “Agora temos a operação que decidimos ter. O que não percebemos naquela época era que alguns haviam começado essa louca corrida armamentista, particularmente Ferrari e Mercedes. Esse é um esporte diferente, um universo diferente. Nosso plano era operar no nÁ­vel das melhores equipes. Mas eles continuaram a crescer quase ao nosso ritmo e com números tão loucos que não podemos e não queremos ir com eles” disse Cyril Abiteboul.

Além disso, Abiteboul fala sobre a aproximação de Mercedes, Ferrari e Red Bull com equipes mais fracas, usando-as como uma especie de equipe B e como isso pode ser um problema para a Renault. A Ferrari com Haas e Alfa Romeo, a Red Bull com a Toro Rosso e a Mercedes começando uma relação com a Racing Point.

“Consideramos essa situação muito séria e não é apenas um problema para a Renault, mas para quem não pode pagar por esse modelo. Eu não sei como parar essa corrida armamentista, e essas equipes de satélite são parte disso. A FIA deve reconhecer isso. Não queremos ser parte de uma Fórmula 1 como essa”, contou.

Usando o exemplo da Haas, Abiteboul criticou esse tipo de relação entre as equipes no cenário da Fórmula 1. “A Haas criou um precedente que é difÁ­cil voltar agora. Para mim, existe a era “antes da Haas” e a era “depois de Haas”. Mudou Fórmula 1, possivelmente, para sempre. Dez equipes se tornaram quatro ou cinco. Isso é algo que não pensamos em nossa estratégia. Em breve, você não poderá ganhar se não tiver uma equipe B. Antes que eu possa vencer a Ferrari, primeiro tenho que derrotar o Haas. E quanto mais difÁ­cil (é vencer), mais difÁ­cil é conseguir mais prêmios em dinheiro ou patrocinadores”, declarou.

Sobre uma possÁ­vel junção com a McLaren, entrando na onda das fusões, o chefe da Renault não descartou a parceria, mas garantiu que seria em outros termos. “Somos equipes iguais, quem será o rei e quem será o escravo? Talvez tenhamos que conversar com a McLaren em algum momento, mas essa aliança nunca poderia estar no nÁ­vel da Ferrari e da Haas, Mercedes e Racing Point, Red Bull e Toro Rosso”, concluiu.

Fonte: Gazeta Esportiva