F1: Depois do “batismo”, Bruno Senna torce por qualy no molhado

Na estreia na Lotus Renault GP, brasileiro chega a liderar treinos na Bélgica

Bruno Senna enfrentou uma sexta-feira intensamente movimentada em sua estreia como piloto titular da Lotus Renault GP. Pela manhã, na abertura dos treinos livres do GP da Bélgica, acabou abreviando sua adaptação ao R31 depois de um choque de traseira com as barreiras de proteção do circuito de Spa-Francorchamps; na segunda sessão, chegou a encabeçar brevemente a folha de tempos debaixo de chuva, mas terminou com o 17º lugar no resultado geral. Depois de fazer um balanço de um dia em que as variáveis condições do tempo complicaram o trabalho das equipes e pilotos, Bruno já sabe o que quer dos treinos classificatórios: “Para mim, se a classificação for no molhado, mesmo que a corrida seja no seco, será menos difÁ­cil”, afirmou.

No total, Bruno completou 28 voltas pelo traçado de pouco mais de sete quilÁ´metros – a melhor delas em 1min53s825. “Andei muito pouco no seco. Ainda por cima, peguei tráfego e tive alguns problemas com o KERS. Por isso, não consegui focar nos pneus. Além disso, as zebras e as linhas brancas estavam molhadas. Nessa situação, você não quer cometer um erro e perder quilometragem. Andei com muito mais cuidado do que andaria normalmente”, explicou, ao justificar a preferência pelo piso molhado nas tomadas de tempo deste sábado.

Bruno não escondeu a irritação com o acidente, mas, com a habitual franqueza, reconheceu o próprio erro. “Não teve nada a ver com o carro. Essas coisas acontecem, mas a equipe teve uma atitude muito positiva e me deu todo o suporte. Era tudo o que eu precisava ouvir para voltar com confiança na parte da tarde. Conseguimos passar o programa completo e trabalhar no desenvolvimento do carro em todas as condições.”

Apesar da satisfação com a evolução nos ensaios da tarde, Bruno disse que ainda pode ser prematuro estabelecer qualquer comparação com as demais equipes. “Não tenho uma posição a respeito, porque as condições variaram muito e não sabemos como estava cada uma. Um piloto poderia estar usando pneus de chuva extrema e outro os intermediários num mesmo momento. Eu mesmo estava com intermediários novos quando fiz a melhor volta, o que era uma vantagem sobre aqueles que estavam com intermediários usados. De qualquer forma, claro que há carros mais rápidos em todas as condições. Se conseguirmos acertar tudo direitinho dá para ficar entre os 10 primeiros”, arriscou.

Bruno também se mantém cauteloso sobre suas possibilidades ao longo do fim de semana. “É difÁ­cil estabelecer uma meta. Hoje foi muito difÁ­cil por causa das mudanças constantes da pista. O que quero é estar perto do (companheiro de equipe) Petrov. Isso já seria um grande resultado”, concluiu.