F1: Em Monza, duas paradas devem ser estratégia ideal

Confira uma análise técnica do palco do GP da Itália feita pelo brasileiro Luiz Razia, terceiro piloto do Team Lotus

O Grande Prêmio da Itália, próximo passo da Fórmula 1 em 2011, pode ser considerado, junto com as provas de MÁ´naco, Inglaterra e Bélgica, um dos “Grand Slams” da temporada, como acontece no tenis, esporte dono do famoso termo. São as quatro corridas mais tradicionais da temporada e que atraem a maior atenção do público, por serem disputadas em pistas consideradas clássicas.

Monza, palco do encontro deste fim de semana, respira tradição e velocidade. Desde 1922, a pista recebe quase que ininterruptamente o GP italiano, deixando de sediar a prova apenas em 1980. Apesar de utilizar um traçado definido em 1957, com algumas alterações, a pista original, com 10 km e um super trecho em oval, ainda permanece imaculada. Atualmente, o circuito tem 5.793 metros, três chicanes e três longas retas, sendo que, em duas delas será possÁ­vel utilizar a asa móvel _principal novidade do fim de semana.

Por ser a pista mais veloz do calendário, é preciso um grande compromisso entre a baixa pressão aerodinâmica para encarar as longas retas, além de um bom equilÁ­brio para encarar as longas freadas e curvas travadas. De acordo com o brasileiro Luiz Razia, terceiro piloto do Team Lotus na F-1, o tempo curto de volta deve fazer com que as equipes optem por duas paradas nos boxes.

Confira uma análise técnica completa em texto, abaixo, e também em vÁ­deo, clicando aqui ou acessando o endereço http://www.youtube.com/watch?v=Zd0cy9QwaLE.

Aerodinâmica
“A pista tem a velocidade média mais rápida do calendário. As equipes chegam com configurações novas das asas dianteiras e traseiras. O mais importante nessa pista é maximizar o maior tempo em retas sem se preocupar muito com as curvas. Os carros que têm uma aderência mecânica boa nesse circuito podem levar vantagem pelo fato da aerodinâmica não ajudar muito.”

Freios
“Monza é um local de provas bastante intenso para os freios. Porém, as quatro longas retas ajudam a refrigerar o equipamento muito rapido e as equipes usam os dutos maiores para melhorar esse processo. O importante nas freadas em Monza é o equilibrio dos carros, já que eles usam um acerto aerodinâmico de baixa pressão, o que deixa os carros sensÁ­veis e muito leves na traseira.”

Motor
“Devemos ter motores novos para a maioria das equipes que ainda têm umas cartas na manga. Aqui, o motor pode custar uma pole e provavelmente a Ferrari vai estar com propulsores novos, o que eles sempre costumam fazer”

Estrategia
“Monza é uma pista onde pit stop custa muito. Por ser uma pista com a velocidade media mais rápida, uma parada de box pode custar muito tempo. É pura matemática, por isso acredito que as equipes vão tentar fazer somente duas paradas”

DRS/KERS
“O DRS em monza serão em duas zonas, o que pode dar um show maior na corrida. A colocação dos pontos de acionamento precisam ser bem estudados, já que as retas em Monza são longas e poderia tornar as ultrapassagens as mais fáceis da temporada. Porem ao chegar mais rápido nas curvas, é preciso estar atento para não passar das freadas, já que é muito facil errar por conta da baixa pressão aerodinâmica. O Kers, por sua vez, ajudará muito na largada, já que a reta é longa para a primeira curva, principalmente nas saidas das curvas 1,2,4 e 5”.

Veja vÁ­deos exclusivos relativos Á  Luiz Razia, Fórmula 1 e GP2 no canal do piloto no YouTube: http://www.youtube.com/user/LuizRazia

Luiz Razia e a Casa Filadélfia
Desde agosto de 2010, Luiz Razia corre com a logomarca da Casa de Assistência Filadélfia (CAF) em seu carro. Nascida em 1988, a entidade trabalha pela dignidade e inclusão social de crianças, adolescentes e famÁ­lias que vivem e convivem com HIV/AIDS e em situação de vulnerabilidade social, contribuindo para a vida participativa em comunidade. Luiz Razia é um dos parceiros do CAF. Para conhecer mais sobre a Casa e seus projetos, acesse www.caf.org.br