F1: Feliz com avanço, Bruno Senna sonha completar GP do Bahrein

“Aos poucos, estamos reduzindo diferença para as outras equipes”.

Bruno Senna mostrou neste sábado que é possÁ­vel partir da última fila do grid e nem assim ficar decepcionado. Depois de estabelecer a 23ª posição na primeira das três sessões classificatórias do GP do Bahrein, prova de abertura da temporada da Fórmula 1, o estreante brasileiro não escondeu o contentamento com a evolução do carro da novata HRT F1 no circuito de Sakhir. “Aos poucos, estamos conseguindo diminuir a diferença para as demais equipes”, lembrou.
A avaliação de Bruno, cuja montagem do carro só foi completada na quinta-feira, é escorada pelos números. Na sexta-feira, ele havia terminado os ensaios 11,5 segundos atrás do Mercedes-Benz do alemão Nico Rosberg, o mais rápido do dia. Hoje pela manhã, na terceira e última bateria de treinos livres, ficou a 9s90 da Ferrari de Fernando Alonso. Horas depois, no Q1, a desvantagem desceu ainda mais um pouco – 8s60 – em comparação ao espanhol bicampeão. “Foi um dia bem melhor. Foi a primeira vez que pudemos mexer no acerto e levar os dois carros para a pista”, observou Bruno, que viu o companheiro de equipe, o indiano Karun Chandhok, finalmente deixar os boxes no inÁ­cio das tomadas classificatórias. “Ele fez um bom trabalho, levando em conta os problemas hidráulicos que o carro apresentou antes de ser colocado em condições de andar.” Chandhok largará da 24ª e última colocação.
Bruno disse que a evolução do monoposto pÁ´de ser percebia em todas as áreas. “A melhoria foi geral. Na potência do motor, na resposta do acelerador, na troca de marchas, enfim, em praticamente tudo”, resumiu. Segundo ele, o resultado poderia ter sido ainda mais representativo caso o acerto não tivesse “passado do ponto”. Depois dos treinos matinais, a equipe mexeu nas regulagens e o resultado não agradou. “Ficou difÁ­cil virar o volante”, explicou.
Com base no comportamento do carro desde a sexta-feira, Bruno acredita que, mais do que nunca, a meta traçada pela equipe para a inauguração do calendário continuará a ser perseguida. “Vamos tentar completar a prova, o que já será um ótimo resultado para nós. É claro que a confiabilidade do carro ainda não testada, porque não fizemos os testes de resistência que as demais realizaram nos testes de inverno na Espanha. Neste aspecto, ainda teremos de ver o que vai acontecer na corrida”, admitiu Bruno, que está reencontrando um traçado modificado em relação ao circuito no qual correu pela Fórmula GP2 em 2007 e 2008. “As mudanças deixaram a pista mais difÁ­cil, mas hoje já me senti bem mais Á  vontade do que ontem”, comparou.