F1: Ferrari pede ética na briga pelo tÁ­tulo de 2006

O diretor técnico da Ferrari, Ross Brawn, pediu nesta sexta-feira que sua principal adversária, a Renault, não jogue sujo e use ordens de equipe nas duas últimas etapas da temporada.

“O que nós não devemos ter é os segundos pilotos bloqueando ou diminuindo a velocidade para os candidatos ao tÁ­tulo”, disse Brawn, cuja equipe é fortemente criticada há anos por utilizar tal instrumento.


A cena mais famosa protagonizada pelos pilotos da Ferrari aconteceu em 2002, quando o brasileiro Rubens Barrichello vinha para vencer o GP da Áustria e, perto da linha de chegada, desacelerou para Michael Schumacher ultrapassá-lo e vencer.


“Isso seria infeliz e inaceitável”, continuou Brawn. “É alguma coisa que sei que estávamos envolvidos há alguns anos e naquele momento era considerável uma prática normal, mas isso foi proibido e é inaceitável agora, então nós entendemos.”


“Acho que há um certo nÁ­vel que é lógico e justo e há outro que tem que ser evitado porque não é correto”, completou o dirigente responsável pelas táticas usadas pela Ferrari durante as corridas.


Apesar do discurso, Brawn diz que sabe que o brasileiro Felipe Massa, companheiro de Schumacher, saberá ajudar o alemão. “A dificuldade acontece após a confusão de alguns anos atrás, qualquer ordem de equipe que influencie no resultado não é permitida. Mas isso não impede um piloto de tomar sua própria decisão.”


“Se você chama seu piloto pelo rádio e diz: ‘Por favor, cuidado com o motor, cuidado com os pneus, queremos ter certeza de que você terminará a corrida’, todos podem interpretar de que isso é uma mensagem em código para que ele diminua”, exemplificou Brawn.


O dirigente ainda acrescentou dizendo que cada um faz o julgamento que quiser. “É muito difÁ­cil para Felipe vencer uma corrida e impedir que Michael conquiste o tÁ­tulo. Eu não acho que ele queira isso. E o mesmo para Giancarlo (Fisichella, companheiro de Alonso na Renault)”, completou o dirigente ferrarista.


Comentario: A Ferrari vendo que a Renault pode ter seus dois pilotos na frente já começa a se preocupar.