F1: FIA bane “orelhas” da BMW Sauber

As “orelhas”, os apêndices aerodinâmicos que a BMW Sauber usou durante o GP da França, foram banidas pela FIA. O comunicado foi enviado as equipes no domingo (23/07). A alegação da FIA é de que os apêndices interferem na visão do piloto, tornando a pilotagem perigosa. E ao contrário das suspeitas sobre as asas de diversos carros serem flexÁ­veis ou moveis, as “orelhas” são fixas e não se movem.

 


Veja a nota divulgada pela FIA:


 


“Em vista dos desenvolvimentos recentes, ficamos preocupados que estas ferramentas podem prejudicar a visão frontal e/ou lateral do piloto.” Prossegue a nota: “Portanto, sob o artigo 2.3 do Regulamento Técnico, a não ser que qualquer time demonstre claramente, para satisfação do delegado-técnico e dos comissários, que a visão do piloto não é prejudicada de nenhuma maneira, nenhum elemento maior que a estrutura da frente será permitido.”


 


O carro apareceu usando o equipamento pela primeira vez no dia 05/07, durante os testes coletivos em Jerez de la Fronteira, na Espanha. O polonês Robert Kubica completou apenas uma volta, e disse que desconhecia a eficácia e a utilidade do novo equipamento.


 


Dois dias depois as “orelhas” passaram a equipar o carro do canadense Jacques Villeneuve. Para a equipe os resultados foram satisfatórios, e então a equipe colocou um “par de chifres” na tampa do motor, igual ao modelo da McLaren.


 


O carro, que ficou com uma aparência muito estranha foi analisado pela FIA e liberado para disputar o GP da França. Depois um bom treino na sexta-feira, os carros ficaram de fora da Superpole e na corrida o melhor resultado foi um oitavo lugar de Nick Heidfeld.


 


A BMW-Sauber através de seu chefe de equipe, Mario Thiessen, declarou que aceita a resolução da FIA. E lembrou que os carros não estavam fora de especificação, como a própria FIA declarou.


 


As “orelhas” são apenas mais uma das diversas invenções inusitadas da F-1, que entraram a história da categoria, como o Ferguson de tração na quatro rodas de 1961, o Lotus-Turbina, de 1971, e o Brabham- Exaustor de 1978.