Grande parte do mundo da Fórmula 1 recebeu com alegria o retorno de Michael Schumacher Á categoria. Contudo, a contratação sacramentada pela Mercedes acabou sendo reprovada pelos próprios funcionários da montadora. Os trabalhadores da fábrica alemã mostraram revolta com o alto salário do heptacampeão mundial, que receberá cerca de sete milhões de euros (aproximadamente R$ 17 milhões) anuais durante três temporadas, em meio a um perÁodo de redução de custos da empresa.
“Para as pessoas, fica difÁcil digerir e para muitos colegas é inimaginável alguém receber esse salário e esse investimento aqui. Os trabalhadores haviam entendido que a Mercedes abandonara o mercado da Fórmula 1”, lamentou Uwe Werner, diretor do comitê de funcionários da fábrica da Mercedes em Bremen, noroeste da Alemanha, em entrevista ao jornal Frankfurter Rundschau.
Antes da contratação de Schumacher, a Mercedes apresentava dificuldade para manter um bom nÁvel de competitividade no mercado automobilÁstico. Uma das medidas que externaram os problemas da empresa acabou sendo a transferência de parte da produção do modelo Classe C para os Estados Unidos, objetivando uma redução nos custos.
Entretanto, a Mercedes promete que a contratação de Schumacher trará lucros a longo prazo para a montadora. O diretor da divisão esportiva da empresa, Norbert Haug, confia no aumento da venda de automóveis com a presença do alemão no cockpit da equipe.
“Com certeza, a presença dele aumentará a venda de veÁculos e irá atrair a atenção de muitas pessoas para a qualidade da estrela, sÁmbolo da nossa empresa. Sabemos muito bem onde investimos nosso dinheiro”, garantiu Haug, em entrevista ao canal de televisão ZDF.
Fonte: Gazeta Esportiva.Net