O presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), Max Mosley, gosta de ser dominado por uma mulher vestindo um uniforme militar alemão, mas estas “fantasias” não têm qualquer conotação nazista, segundo afirmaram nesta terça-feira, em Londres, as mulheres envolvidas em orgia com o dirigente.
No segundo dia do processo movido por Mosley contra o tablóide britânico News of the World por violação da vida privada, a loura “A”, a morena “D”, a alemã “B” e a mulata “C” detalharam a sessão sadomasoquista cujo vÁdeo foi divulgado pelo jornal no fim do mês de março deste ano.
Dizendo-se “amigas de Mike”, apelido de Max Mosley, as quatro mulheres contestaram o rótulo de “orgia nazista” atribuÁdo pelo jornal a sua reunião. O presidente da FIA, filho do homem que liderou o movimento fascista britânico nos anos 30, não negou seu gosto pelo sadomasoquismo, mas rejeitou qualquer conotação nazista.
O vÁdeo mostrava Mosley sendo dominado por mulheres vestindo o traje listrado dos prisioneiros e uniformes de soldados alemães. A sessão foi “uma fantasia penitenciária”, explicou “D” ao juiz.
“Não vi nada de nazista” nesta reunião, completou. Negando que tenha havido brutalidade, ela disse que estas sessões sadomasoquistas podem ser dolorosas, mas “não intoleráveis”. “Prefiro ir a uma sessão dessas do que ao dentista”, declarou.
“A”, apelidada de “Mestre do Chicote” pelo News of the World, chegou a comparar a sessão a uma brincadeira de crianças. “É como crianças brincando de Ándios e caubóis”, sustentou. “A idéia é definir uma meta, tipo 12 golpes de bastão. É como uma competição. A sensação é muito boa”, garantiu.
Questionado sobre a escolha do idioma alemão durante a sessão, Mosley, 68 anos, explicou que “aumenta a excitação”.
A sessão não teve nada de nazista, afirmou “B”, que admitiu ter desempenhado durante a sessão o papel de um guarda penitenciário vestindo uma jaqueta da Luftwaffe, a Aeronáutica alemã. “É um insulto dizer que ser alemão é ser nazista. Meus avÁ´s nunca foram membros desse partido”, indignou-se.
Fonte: AFP