F1: Soluções “extremas” para o difusor duplo podem gerar nova polÁªmica em 2010

Apesar de já estarem previamente banidos a partir de 2011, os difusores duplos podem ser motivo de polêmica novamente nesta temporada. Com os times buscando soluções “extremas” para este componente aerodinâmico, que foi liberado para os carros de 2010, já apareceram as primeiras ameaças de protestos sobre as possÁ­veis interpretações do regulamento técnico da Fórmula 1.

No inÁ­cio de 2009, os difusores duplos foram motivo de protesto de algumas equipes, que o consideravam ilegal. A FIA acabou liberando o componente, que teve de ser adaptado por vários times. Agora, as equipes buscaram explorar ao máximo o conceito dos difusores, o que pode gerar nova polêmica nas próximas semanas.

Ferrari e McLaren, as primeiras a lançarem os carros deste ano, assumiram que o novo projeto foi norteado pelo conceito do difusor duplo. “Nós produzimos uma encarnação extrema do conceito, e não estaremos sozinhos nisso. Também veremos soluções bastante extremas nos carros de nossos adversários”, disse o diretor de engenharia da McLaren, Paddy Lowe, no lançamento do novo carro da equipe, o MP4-25, nesta sexta.

Porém, Aldo Costa, diretor técnico da equipe italiana, uma das que considerou ilegal a utilização dos difusores em 2009, revelou preocupação com a maneira que as adversárias podem ter encontrado para desenvolver seus carros.

“Ainda estamos convencidos de que o conceito do difusor duplo é ilegal”, disse Costa em entrevista ao jornal italiano La Gazzetta dello Sport. “Achamos que o regulamento deixa uma porta aberta para inúmeras interpretações. A FIA é quem supervisiona, mas estamos preocupados”, falou o diretor técnico da Ferrari.

Filho de Enzo Ferrari, o lendário fundador da montadora italiana, Piero Ferrari foi além. “Espero ver a Ferrari em condições de lutar pelo tÁ­tulo, a não ser que alguém interprete as regras de maneira diferente”, falou o atual vice-presidente da empresa.

Paddy Lowe, no entanto, acredita que as regras estão suficientemente claras, e não acha que será necessária a intervenção da FIA. “Achamos que a interpretação está bem clara. Em alguns aspectos, fomos orientados claramente pela FIA, e isso também esteve disponÁ­vel para todos os times”, disse o engenheiro da McLaren.

“Esperamos um começo de ano muito mais claro do que o do ano passado. Os times têm de entender coletivamente as bases da competição”, acrescentou Lowe.

Fonte: UOL