F1: Stirling Moss completa 80 anos

O inglês Stirling Moss, um dos maiores pilotos da história do automobilismo completa nesta quinta-feira (17/09), oitenta anos. Ele é considerado o maior piloto que nunca venceu um Mundial de F-1.

Filho de um dentista, Alfred (que também foi piloto, disputando inclusive as 500 Milhas de Indianápolis de 1924), Stirling Crawford Moss nasceu em West Kensington, Londres, e começou a sua carreira nas pistas no final dos anos 1940.

Estreou na F-1 no GP da SuÁ­ça de 1951 com um HMW.  Nacionalista pilotou diversos carros ingleses, como o ERA, Connaught e Cooper, com pouco destaque. Em 1954, tentando progredir na categoria comprou um Maserati 250F, conquistando na estreia, na Bélgica, um terceiro lugar. Â

Os bons resultados renderam um convite para ser parceiro do argentino Juan Manuel Fangio, na Mercedes-Benz. Com o sensacional W196, o Flecha de Prata, Moss venceu o GP da Inglaterra, terminando como vice-campeão, atrás de Fangio.  Foi o primeiro dos quatro vice-campeonatos seguidos.

Em 1956, pela Maserati, venceu duas vezes (MÁ´naco e Itália), sendo vice de Fangio. No ano seguinte, pela Vanwall, o inglês somou três vitórias (Inglaterra, Itália e Pescara), sendo pelo pela terceira vez vice para Fangio.

Sua maneira correta de se portar nas pistas o fez perder o tÁ­tulo de 1958. No GP de Portugal seu rival na luta pelo tÁ­tulo, o inglês Mike Hawthorn, da Ferrari, que havia terminado em segundo, atrás de Moss, foi punido. Contudo o depoimento de Moss, a favor do rival, que teve a punição revista, foi determinante para Hawthorn, que venceu apenas um dos onze GPs o ano,  sagrar-se Campeão Mundial de F-1 de 1958, com um ponto de vantagem (42 a 41). Moss venceu quatro GPs no ano (o da Argentina  pela Cooper e os da Holanda, Portugal e Marrocos pela Vanwall).

Em 1959 defendeu a BRM e a Rob Walker Racing, a equipe privada mais bem sucedida da história da categoria. Com o Cooper da Rob Walker venceu em Portugal e na Itália, terminando em 3º no campeonato.

Moss permaneceu na Rob Walker Racing nas duas temporadas seguintes, sendo novamente terceiro no campeonato, e somando quatro vitórias (MÁ´naco em 1960 e 1961 e EUA, 1960 e Inglaterra, 1961). Ele foi o primeiro a vencer com um carro da Lotus, em Monte Carlo, 1960.

A sua extraordinária carreira foi encerrada após um grave acidente numa prova extra-campeonato, a Glover Trophy, em Goodwod, no inÁ­cio de 1962. Ele ficou em coma e com a parte esquerda de seu corpo paralisado. Moss se recuperou, contudo decidiu se retirar do esporte, após uma sessão de testes privados no ano seguinte. Durante a sessão ele guiou poucos décimos de segundos mais lento do que estava acostumado, contudo não se sentiu bem no comando do carro a qual estava acostumado. Na F-1 foram 66 GPs disputados e 16 vitórias.

Moss fez um breve retorno pilotando um Audi no BTCC em 1980. Atualmente guia carros históricos em eventos pelo mundo.

Condecorado com o tÁ­tulo de Sir, a mais alta honraria britânica, Moss também figura no International Motorsports Hall of Fame, além de ter recebido o Segrave Trophy.Â