Kimi Raikkonen, da Ferrari, foi confirmado na sexta-feira como campeão mundial de Fórmula 1 de 2007, depois que um tribunal da FIA (entidade que controla o automobilismo) rejeitou um recurso da McLaren que poderia conferir o tÁtulo a seu piloto Lewis Hamilton.
Os quatro juÁzes reunidos em Londres disseram em nota que “tendo ouvido as explicações de ambas as partes e examinado os vários documentos e outras evidências, a corte decidiu que o recurso impetrado pela Vodafone McLaren Mercedes é inadmissÁvel.”
A McLaren havia recorrido da decisão dos comissários do GP do Brasil, em outubro, de não punir pilotos da BMW Sauber e da Williams por supostas irregularidades na temperatura do combustÁvel dos carros. A equipe britânica dizia que desejava apenas esclarecer as regras, mas a eventual desclassificação de três pilotos da Sauber e da Williams que chegaram Á frente de Hamilton — com a subseqüente redistribuição dos pontos — mudaria o resultado do campeonato.
Raikkonen, vencedor da prova em Interlagos no dia 21, a última da temporada, superou o estreante Hamilton por um ponto.
O inglês, que poderia ter se tornado o mais jovem campeão mundial, passou grande parte da temporada como favorito, até se atrapalhar nos dois últimos GPs, na China e no Brasil.
O britânico terminou a corrida de São Paulo em sétimo lugar, atrás de Nick Heidfeld e Robert Kubica (ambos da BMW Sauber) e Nico Rosberg (Williams).
O advogado da Ferrari, Nigel Tozzi, disse na audiência de quinta-feira que tirar o tÁtulo de Raikkonen seria uma “séria injustiça.”
“Seria altamente nocivo para o esporte se o tÁtulo fosse ganho dessa forma, com os torcedores provavelmente sentindo que se tratou mais de uma manobra suja dos advogados do que de talento ao volante. Como a McLaren sempre disse, o campeonato deve ser decidido na pista, e não no tribunal.”
Por Alan Baldwin – Reuters