Com 210 grandes prêmios completos em 12 anos na Fórmula 1, Jarno Trulli sofre com a indefinição de seu futuro Á s vésperas do encerramento da temporada. O fato de ter o emprego sob risco, porém, não é o que mais incomoda o italiano, e sim a possibilidade de que centenas de funcionários na fábrica de Toyota percam o emprego caso a escuderia feche realmente as portas.
Ainda que, através do presidente da equipe John Howett, a Toyota negue que planeja seguir o caminho de Honda e BMW e abandonar a Fórmula 1, essa possibilidade tem sido ventilada pelos próprios pilotos. Na quinta-feira, por exemplo, Timo Glock admitira haver “um pouco de preocupação no momento” em entrevista Á Autosport; nesta sexta, Trulli voltou a tocar no assunto ao falar com a mesma revista.
A inquietação do veterano, em todo caso, não reflete apenas as chances de deixar o time após cinco temporadas completas ainda que os japoneses continuem na Fórmula 1 – durante a prova de Valência, Howett confirmara uma “possibilidade muito forte” de trocar o piloto que recebe, segundo a imprensa italiana, 10 milhões de euros anuais (R$ 27 mi).
“Temos muitas pessoas trabalhando e é importante mantê-los vivos”, afirmou, em referência fábrica de ColÁ´nia. No fim do ano passado, a incerteza referente ao futuro de muitos empregados existiu na Honda, que, mesmo vendida para Ross Brawn, precisou demitir cerca de 270 funcionários.
Antes até de confirmar a crise com a cúpula japonesa da Toyota, em abril passado Howett já adiantara que seria necessário diminuir seu quadro de funcionários em 150 pessoas devido Á polÁtica de redução de custos. A situação pode piorar agora, visto que a equipe só deve ter aprovado seu orçamento para o próximo ano em novembro, segundo revelou Trulli. “Assim não podemos decidir nada – nem quanto aos pilotos nem quanto Á s outras pessoas. Minha prioridade é permanecer, pois a Toyota foi a minha famÁlia nos últimos anos, então veremos o que se pode fazer”.
Fonte: Gazeta Esportiva