F1: Van der Garde confirma fim de contrato e admite compensação financeira

O imbróglio entre Giedo van der Garde e Sauber finalmente chegou ao fim. Depois de mover uma ação judicial reivindicando uma vaga como titular na esquadra suÁ­ça, o holandês recebeu parecer favorável e tinha seu lugar no cockpit garantido pela justiça, mas após uma reunião com representantes da equipe na véspera do GP da Austrália, no último fim de semana, o piloto desistiu de disputar a prova. Em um comunicado divulgado na manhã desta quarta-feira, Van der Garde confirmou a rescisão de seu contrato com a equipe envolvendo uma “significativa compensação financeira”.

“Nós chegamos a um acordo com a Sauber e meu contrato de piloto com o time foi rescindido por consenso mútuo. Como um piloto apaixonado, eu fico triste e muito desapontado. Eu trabalhei muito duro durante toda a minha carreira, desde que comecei com o kart quando tinha oito anos, para viver meu sonho e me tornar um bem-sucedido piloto de Fórmula 1. Eu esperava pelo menos poder mostrar do que sou capaz, dirigir um carro de uma respeitada equipe na temporada 2015. Este sonho foi tirado de mim e eu sei que meu futuro na F1 provavelmente acabou”, anunciou o piloto em suas redes sociais. De acordo com a imprensa norte-americana, o holandês receberá 15 milhões de euros, cerca de R$ 51 milhões.

Reserva da Sauber no ano passado, Van der Garde alega que foi oferecida a ele uma vaga como titular para esta temporada. Entretanto, a equipe anunciou no fim do ano que seus titulares seriam o sueco Marcus Ericsson e o brasileiro Felipe Nasr. Assim, o holandês processou a escuderia para pleitear a vaga prometida. Ele revelou que seus patrocinadores fizeram pagamentos referentes a temporada deste ano ainda em 2014.

“Houve uma série de especulações na mÁ­dia durante a semana passada, então quero definir claramente que meus patrocinadores pagaram as contas de patrocÁ­nio referentes Á  temporada completa de 2015 para a Sauber ainda no primeiro semestre de 2014. A atitude simplesmente de boa fé, para ajudar a equipe com seus problemas de caixa. Efetivamente, esses pagamentos adiantados auxiliaram o time em 2014. Portanto, dizer que as decisões posteriores da Sauber foram feitas com base em acordos financeiros neste caso é bizarro e não faz sentido para mim”, acrescentou o piloto, falando sobre os acordos fechados com o sueco e o brasileiro.

“Não tenho liberdade para discutir os detalhes, mas a Sauber pagou uma compensação significativa para não ter que honrar o contrato que tinha comigo. Só por isso posso dizer que os meus direitos foram finalmente reconhecidos e que pelo menos alguma justiça foi feita”, acrescentou. Van de Garde também criticou a chefe da equipe, Monisha Kaltenborn e admitiu que decidiu retirar as ações para não destruir a equipe e estragar a abertura da temporada 2015.

“Ela foi inflexÁ­vel em não me deixar pilotar, não obstante meus direitos legais para fazê-lo e uma série de decisões e ordens judiciais em meu favor e apesar das minhas habilidades de piloto. Eu nunca vou entender isso. Eu poderia ter persistido, mas a diretora tomou uma decisão contrária ao meu contrato que não trabalharia comigo, o que se tornou dolorosamente claro no paddock em Melbourne. Pressionar contra essa determinação poderia ter afundado o time e certamente arruinaria o GP da Austrália porque os carros da equipe teriam sido apreendidos pela corte, além de destruir as carreiras de Ericsson e Nasr. Possivelmente os diretores teriam sido presos e eu decidi que não queria viver com essa ideia, embora tenha sido apenas a diretoria a responsável pela bizarra situação em que me encontrei”, finalizou.

Fonte: GazetaEsportiva.Net