F3 Alemã: Rafael Suzuki confirma, de última hora, presença na etapa de Sachsenring

Por questões financeiras, piloto brasileiro perdeu a vaga na austrÁ­aca HS Technik para o britânico Joey Foster, e só encontrou uma nova equipe para competir na data limite para sua viagem Á  Alemanha.

O brasileiro Rafael Suzuki (SVLabs) confirmou, de última hora, presença na oitava e penúltima rodada dupla da Fórmula 3 Alemã, que será realizada neste fim de semana no autódromo de Sachsenring. Suzuki chegou nesta quinta-feira (17) Á  Alemanha, depois de fechar breve contrato com a equipe inglesa Jenichen Motorsport, um time modesto que disputou apenas uma prova neste ano pela classe Light da categoria. Terceiro colocado no campeonato, ele recebeu o apoio pessoal do organizador do evento, Bertram SchÁ¤fer, na indicação ao time, mas até o momento não tem presença garantida na rodada dupla de encerramento da competição, marcada para daqui a um mês em Oschersleben.

Suzuki está se tornando um herói da resistência na temporada 2009 da Fórmula 3 Alemã. Sem patrocÁ­nio para todo o campeonato, ele começou o ano competindo pela equipe inglesa Performance Racing, mas em razão de problemas financeiros enfrentados pelo time, perdeu a vaga para Zahir Ali, da Indonésia – que dispunha de maior orçamento pessoal. Graças ao apoio da austrÁ­aca HS Technik, Suzuki participou das etapas de Assen – onde subiu ao pódio – e Nürburgring, e se manteve vivo na disputa pelo vice-campeonato. Mas, novamente por questões financeiras, teve sua vaga cedida ao o britânico Joey Foster, e por muito pouco não ficou de fora da etapa deste final de semana.

“Estávamos tentando levantar a quantia pedida pela HS, mas nesta segunda-feira recebemos uma ligação dizendo que não terÁ­amos mais a vaga. Tivemos apenas dois dias para encontrar outro time para competir, e quando comuniquei o Bertram SchÁ¤fer de minha provável desistência, ele conseguiu contatar a JMS e abriu caminho para a negociação relâmpago que resultou em minha participação nas corridas deste final de semana”, narrou o brasileiro.

A chegada Á  terceira equipe diferente em uma mesma temporada causa, naturalmente, desconforto ao brasileiro, mas rendeu grande comemoração em São Paulo na última terça-feira, data em que ele soube, oficialmente, que correria neste sábado e domingo. Mesmo sem conhecer o carro e nenhum dos integrantes do staff da JMS, o brasileiro enxergou a questão pelo lado positivo.

“Estou feliz por estar correndo, por estar na competição e ainda poder sonhar com, pelo menos, o terceiro lugar no campeonato. Sem participar das quatro últimas provas, eu certamente cairia para a quinta ou sexta posições na tabela”, disse ele. “Ainda tenho chances matemáticas de ser vice-campeão, mas superar um dos carros da equipe Van Amersfoort, que venceu praticamente todas as corridas deste ano, com um equipamento que eu sequer conheço, é sonhar um pouco alto. No entanto, ainda posso terminar o ano em terceiro, um resultado que terá sabor de tÁ­tulo para mim. Três equipes me deram oportunidade de correr em ótimas condições financeiras neste ano, e isso não deixa de ser um reconhecimento ao meu trabalho”, comentou.

A JMS utiliza motores Opel, os mesmos com os quais Suzuki competiu no ano passado. Em sua temporada de estréia na F-3 Alemã, ele foi o mais bem classificado entre os pilotos que usaram propulsores da marca, fechando o torneio em sétimo na classificação geral.

O brasileiro teve a oportunidade de competir com três motores diferentes neste ano, já que começou a temporada com o Volkswagen na Performance Racing, passou ao Mercedes na HS, e retorna ao Opel na JMS. No circuito de Sachsenring, os propulsores Opel saem em desvantagem em relação aos concorrentes, não pela potência que entregam ao carro, mas por seu maior peso e por suas maiores dimensões.

“O centro de gravidade desse motor é mais alto, e isso muda o comportamento do carro, principalmente, em curvas de alta. Como em Sachsenring há um trecho em que permanecemos cerca de 30s com o pé cravado no acelerador, uma eventual correção do carro por falta de estabilidade pode significar a perda de dois ou três décimos de segundo”, comentou o brasileiro, que classifica a pista-sede das provas deste final de semana como a mais desafiadora da temporada.

A seu favor, Rafael Suzuki tem o bom retrospecto neste circuito, já que no ano passado, ainda correndo pela Performance Racing com motores Opel, completou as duas provas do final de semana na quarta e na sexta posições. Após sete rodadas duplas, o Campeonato Alemão de Fórmula 3 está assim:

1) Laurens Vanthoor (BEL), 132 pontos
2) Stef Dusseldorp (HOL), 81
3) Rafael Suzuki (BRA), 63
4) Nico Monien (ALE), 52
5) Rahel Frey (SUI), 45
6) Markus Pommer (ALE), 45
7) Bernd Herndlhofer (AUS), 32
8) Max Nilsson (SUE), 25
9) Willi Steindl (AUS), 19
10) Tom Dillmann (FRA), 18
11) Harald Schlegelmilch (LET), 18
12) Tim Sandtler (ALE), 8
13) Gary Hauser (LUX), 8
14) Marco Oberhauser (AUS), 7
15) Adderly Fong (CHI), 7
16) Nicolas Marroc (FRA), 6
17) Sergey Chukanov (UCR), 5
18) Jesse Krohn (FIN), 2
19) Shirley van der Lof (HOL), 1