F3 Japonesa: Melhor estreante de 2005, Streit disputa disputa segunda temporada

O brasileiro Roberto Streit , de 22 anos, parte para a sua segunda temporada na Fórmula 3 Japonesa e o objetivo é lutar pelo tÁ­tulo no campeonato de 2006, dando continuidade Á s vitórias brasileiras na categoria, que teve o paulista João Paulo de Oliveira como campeão em 2005. No ano passado, Streit foi o melhor estreante e terminou em sexto lugar no geral, com uma vitória e dois pódios.


Nascido no Rio de Janeiro (RJ), Streit tem passagem por importantes categorias de base do automobilismo internacional, como Fórmula 3 Européia, Fórmula Renault Italiana e Européia, além de ter sido campeão da Fórmula Chevrolet, no Brasil, em 2001. No kart, o piloto também coleciona tÁ­tulos, como os Campeonatos Brasileiros de 1995 e 99.

Na Fórmula 3 Japonesa, ele continuará defendendo a equipe INGING Motorsport e a grande mudança para esse ano é que o time estará utilizando chassis Dallara, como a maioria do grid, e não mais os chassis Dome.

Os testes privados para as equipes que utilizam motores Toyota terão inÁ­cio no dia 10 de fevereiro, no circuito de Okayama. Os primeiros treinos coletivos acontecerão em 7 e 8 de março, em Fuji.

“Acho que só temos a melhorar esse ano e vamos lutar pelo tÁ­tulo. A única mudança é que nesta temporada a equipe passará a utilizar o chassi Dallara, já que não conseguimos o nÁ­vel de competitividade que esperávamos com o chassi de 2005. Mas não acho que a adaptação será um grande problema, vai ser somente questão de tempo”, contou Streit, que realizou testes no final do ano passado, ainda com o chassi antigo.

A oportunidade de correr no Japão surgiu quando Streit ainda participava do programa de apoio a jovens pilotos da Toyota. Ele recebeu o convite para um teste e agradou. “Felizmente, fui muito bem no teste e acertamos um contrato de três anos. Aceitei o desafio, principalmente pela chance de poder correr no futuro na Fórmula Nippon e no Super GT”, lembrou.

Para o piloto, a maior dificuldade é a distância entre o paÁ­s e o Brasil. “Só de pensar em ficar 24 horas dentro de um avião, já desanima. Em 2005, viajei para o Japão no inÁ­cio do ano e só voltei em novembro”.

O piloto fez algumas aulas para aprender o idioma japonês, mas admite que é muito difÁ­cil. A comunicação com a equipe, no entanto, não é prejudicada. “Meu engenheiro é francês, mas fala italiano, então nos comunicamos bem. Tenho um mecânico inglês e outro francês e conversamos em inglês. O chefe da equipe é japonês, mas também fala inglês”.

A experiência de uma temporada no oriente já fez o brasileiro notar algumas diferenças. â€œÉ muito interessante o profissionalismo com que os pilotos são tratados no Japão, desde que começam no automobilismo. Na Europa, eles procuram um jovem que seja rápido e que tenha chance de chegar Á  Fórmula 1. No Japão, eles não pensam só assim. Eles também querem um piloto que saiba lidar com situações adversas e que consiga ‘levar o carro para casa’ se um dia o equipamento não estiver competitivo. Eles dão valor aos pilotos que não erram, que sejam dedicados e esforçados. Na Europa, mesmo que você corra em uma equipe ruim, existe uma pressão muito grande para que você ande bem. No Japão, é possÁ­vel mostrar seu valor, mesmo andando em um time menos competitivo”, explicou o brasileiro.

A temporada 2006 da Fórmula 3 Japonesa terá inÁ­cio no dia 1º de abril, em Fuji. São 10 etapas com rodada dupla, ou seja, 20 provas. No final, os quatro piores resultados são descartados.

Foto: Divulgação