Fórmula-E: Com Di Grassi tentando o bicampeonato, Fórmula E começa com corridas noturnas

Aumentando o nÁ­vel de dificuldade, o veloz e complicado traçado saudita recebeu muitas alterações

Em se tratando da pista de Ad-Diriyah, na capital Riad, de uma coisa as equipes do Campeonato Mundial de Fórmula E têm certeza: nada é fácil na etapa da Arábia Saudita, que será realizada na próxima sexta-feira e no sábado com o formato de rodada dupla. Em um circuito com 21 curvas distribuÁ­das em 4.014m, a pista apresenta uma elevada média de uma curva a cada 190m. As condições do traçado, situado no meio do deserto, naturalmente se alteram dia a dia conforme os carros vão emborrachando o asfalto e, talvez mais crÁ­tico, Á  medida em que o vento traz ou leva a areia embora.
Mas em 2021 haverá novos componentes de dificuldade: o piso foi reasfaltado, o que já deve alterar o coeficiente de aderência, e quatro curvas tiveram seu perfil alterado, com destaque para a de número 14, que antecede o trecho mais importante da pista.
Nesse cenário, o brasileiro Lucas Di Grassi inicia sua campanha 2021 novamente como um dos principais nomes da Fórmula E. O piloto da equipe Audi Sport lutará pelo bicampeonato, já que conquistou o primeiro tÁ­tulo em 2017. “Vamos começar a temporada logo de cara em um dos maiores desafios do calendário em termos de buscar o equilÁ­brio perfeito entre consumo de energia e velocidade pura. Quem vence em Ad-Diriyah sempre faz por merecer a conquista”, ressalta Di Grassi.
“Por causa da areia, do vento e do emborrachamento progressivo da pista, a cada dia nós encontramos um traçado com demandas diferentes. Mas em 2021, além da reforma e das modificações no traçado, também faremos pela primeira vez duas corridas noturnas. Então, são muitas variáveis em uma pista rápida e já bastante exigente”, resume o brasileiro.
Segundo a equipe Audi Sport, na soma das onze corridas de 2020, Di Grassi foi o piloto que mais fez ultrapassagens durante a temporada, na qual pela primeira vez não terminou entre os três primeiros. Lucas soma dois terceiros lugares, dois vice-campeonatos e o tÁ­tulo de 2017, além do sexto lugar em 2020.
Recentemente eleito, pela quinta vez consecutiva, como o melhor piloto brasileiro de 2020 pelos jornalistas votantes no Capacete de Ouro, Di Grassi permanece como o competidor que mais conquistou troféus na Fórmula E, com os recordes de 32 pódios e 796 pontos nas seis temporadas realizadas.
Com a etapa da Arábia Saudita, a Fórmula E estreia outra novidade: as transmissões ao vivo pela TV Cultura, com locução de Marco de Vargas e comentários de Fábio Seixas.