Fórmula-E: Di Grassi volta Á  briga pela liderança em uma das pistas mais exigentes do ano

O brasileiro Lucas Di Grassi retoma neste fim de semana a luta pelo bicampeonato mundial de Fórmula E, dessa vez nas ruas de Roma, na Itália – em uma prova que abre a fase europeia da competição e também marca o inÁ­cio da segunda metade da temporada, que conta com treze etapas. Válido pela sétima corrida do campeonato, o e-Prix de Roma será disputado em um dos circuitos mais desafiadores do calendário. E o fato de os seis primeiros colocados estarem separados por apenas dez pontos deixa claro que o tÁ­tulo está completamente em aberto para a temporada 2018/2019.

Com vencedores diferentes nas seis corridas realizadas até aqui, a atual temporada tem sido apontada como a mais competitiva da história da categoria. O alto nÁ­vel da disputa e o equilÁ­brio entre os competidores são caracterÁ­sticas nas quais Di Grassi normalmente se destaca. Não é Á  toa que o brasileiro detenha 56% de todos os pódios já realizados pela Fórmula E. Segundo ele, a constância pode ser a chave do sucesso em 2019. “Vencer uma corrida é sempre sensacional. Mas o importante no atual contexto é pontuar sempre – e pontuar bem”, resume Lucas. “O objetivo é, logicamente, vencer corridas, mas o objetivo maior é sobretudo aumentar as chances de ser bicampeão”, continua o brasileiro da equipe Audi Sport ABT Schaeffler, que foi campeão em 2017.

Todas no pódio – O campeonato inicia na Itália uma série de quatro corridas disputadas em intervalos de apenas duas semanas – todas na Europa. “Será um perÁ­odo de trabalho frenético para as equipes”, analisa Di Grassi, que em 2018 foi o único piloto a terminar no pódio todas as corridas da fase europeia. Na etapa romana do ano passado, Lucas terminou em segundo. “O traçado de Roma é um dos mais desafiadores que temos na F-E, com mudanças de elevação e até um salto em uma pista estreita e difÁ­cil. Se você considerar que todos os carros estão andando muito próximos, podemos dizer que no sábado teremos uma das mais emocionantes provas do ano. Para o público e para os pilotos também”, aposta Di Grassi.

Na etapa anterior, disputada em Sanya (China), Lucas levou uma forte batida na traseira faltando apenas dois minutos para o encerramento da prova. O acidente o tirou da corrida e também o impediu de marcar pontos importantes em um campeonato tão competitivo. O brasileiro ocupava o sexto lugar na prova e, caso mantivesse a colocação, algo que aparentemente conseguiria, estaria na vice-liderança, a apenas dois pontos do primeiro colocado, o português António Félix da Costa, da equipe BMW Andretti.

“Coisas assim, que estão totalmente fora do seu controle, deixam a equipe muito frustrada, pois todos trabalham duro para chegar a um bom resultado. Mas nós somos duros na queda. Em Roma vamos mostrar do que somos capazes”, finalizou Lucas Di Grassi.

Confira a classificação após seis etapas:
1) António Félix da Costa (Portugal, BMW Andretti), 62;
2) JérÁ´me D’Ambrosio (Bélgica, Mahindra), 59;
3) Jean-Eric Vergne (DS Techeetah) e Sam Bird (Inglaterra, Virgin Envision Racing), 54;
5) Edoardo Mortara (SuÁ­ça, Venturi), 53;
6) Lucas Di Grassi (Brasil, Audi Sport Abt Schaeffler), 52 pontos.