GP2 Series: Razia promete agressividade na decisão em Cingapura; veja chances de brasileiro

Piloto de 23 anos briga pelo tÁ­tulo com Davide Valsecchi e espera reverter situação delicada: “Não tenho nada a perder, eu vou para cima”

Piloto brasileiro com mais chances de conquistar um tÁ­tulo de âmbito mundial na temporada 2012, Luiz Razia promete não medir esforços para ser o primeiro representante do paÁ­s a ser campeão da GP2 neste final de semana, quando acontece a grande final no circuito de Cingapura.

O baiano de 23 anos chega Á  grande final em uma situação delicada, após duas rodadas bastante prejudiciais na Bélgica e Itália: está a 25 pontos do italiano Davide Valsecchi, com quem disputa a liderança de forma ferrenha desde a primeira rodada do ano, com os dois sendo os únicos a ocuparem a primeira posição na tabela de pontuação do campeonato neste ano.

A tarefa, Razia sabe, não será fácil: mesmo se vencer as duas corridas do fim de semana, ele dependerá da atuação de Valsecchi para poder celebrar no domingo. Veja um levantamento com as possibilidades matemáticas de tÁ­tulo para cada um dos dois concorrentes em Cingapura:

Razia será campeão se:

– Vencer a primeira corrida, com Valsecchi não pontuando, e terminar Á  frente do rival a prova complementar;
– Ganhar as duas corridas com volta mais rápida e Valsecchi zerar na segunda;
– Fazer a pole, vencer as duas provas e Valsecchi não pontuar;
– Terminar em quinto na primeira, vencer a segunda prova e Valsecchi não pontuar nas duas.

Valsecchi leva o tÁ­tulo caso:

– Ganhe a primeira corrida;
– Termine em segundo na primeira e Razia não somar pole nem melhor volta;
– Seja o nono na bateria 1, marcar a melhor volta e Razia chegar abaixo do quarto lugar;
– Leve a pole e Razia chegar abaixo do quarto lugar na prova 1.

O representante da Arden, que começou o campeonato na frente, foi ultrapassado por Valsecchi logo no inÁ­cio e retomou a ponta no meio do campeonato até ser superado na rodada anterior pelo concorrente, garante: extrairá o máximo de si e do equipamento nas curvas do difÁ­cil circuito urbano de Marina Bay até o encerramento da segunda corrida, no domingo.

“Vou para cima, não tenho nada a perder. É minha última chance e não vou desistir até a bandeirada final. Nada é impossÁ­vel. Serei agressivo tanto na classificação quanto nas corridas. Desde a prova de Monza, fiz uma preparação intensiva no simulador e vendo a telemetria. Cheguei em Cingapura no domingo para ter uma adaptação perfeita e meu condicionamento fÁ­sico está no melhor nÁ­vel possÁ­vel. Vou fazer a minha parte e esperar que as coisas funcionem para mim, o que não aconteceu nas duas últimas corridas”, afirma o piloto, dono de quatro vitórias e nove pódios neste ano.

A programação em Cingapura mantém o formato tradicional, com os treinos na sexta e as duas corridas acontecendo no sábado e no domingo, com a primeira sendo mais longa e valendo mais pontos. A única alteração é no horário das provas: ambas acontecerão antes da Fórmula 1, durante o dia, enquanto a divisão principal correrá com iluminação artificial. Confira os horários, já convertidos para o fuso horário de BrasÁ­lia:

Treino livre: sexta-feira (21), Á s 5h45
Classificação: sexta-feira (21), Á s 9h00
Corrida 1: sábado (22), Á s 5h
Corrida 2: domingo (23), Á s 5h10

Classificação da temporada restando duas etapas: 1. Davide Valsecchi (ITA), 229 pontos; 2. Luiz Razia (BRA), 204; 3. James Calado (ING), 160; 4. Esteban Gutierrez (MEX), 152; 5. Max Chilton (ING), 152; 6. Giedo van der Garde (HOL), 141; 7. Fabio Leimer (SUI), 127; 8. Marcus Ericsson (SUE), 106; 9. Johnny Cecotto (VEN), 104; 10. Felipe Nasr (BRA), 127.