Indy 500: Helio Castroneves vence pela 3ª vez as 500 Milhas de Indianápolis

O brasileiro Helio Castroneves, da Penske, venceu neste domingo (24/05), a 93ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, no Indianápolis Motor Speedway, quarta etapa da temporada. Foi a terceira vitória de Castroneves na mais tradicional prova do automobilismo mundial, depois dos triunfos de 2001 e 2002.

Logo na segunda curva da prova o brasileiro Mario Moraes, da KV Racing, e o norte-americano Marco Andretti, da Andretti-Green, se tocaram, acionando a primeira bandeira amarela da prova. Moraes abandonou, com Andretti indo para os boxes, retornando a prova sessenta voltas depois. Na relargada, na 7ª volta, o escocês Dario Franchitti, da Ganassi, superou Castroneves, assumindo a liderança.

Na 20ª volta, o norte-americano Ryan-Hunter Reay, da Vision, bateu na curva quatro, rodando até parar no muro de dentro dos boxes. A amarela foi novamente agitada.

Os pilotos foram para os boxes, com Castroneves perdendo a segunda posição para o parceiro de equipe, o australiano Ryan Briscoe. Na relargada o brasileiro foi superado pelo neozelandês Scott Dixon, caindo para quarto, a frente do compatriota Tony Kanaan, da Andretti-Green.

Na 56ª volta, o norte-americano Graham Rahal, da Newman-Haas-Lanigan, vinha em 6º, quando acertou o muro na curva quatro, ao colocar uma volta na venezuelana Milka Duno, da Dreyer & Reinbold.

LÁ­der naquele momento, Briscoe teve que ir aos boxes, trocar um pneu que perdia pressão, voltando uma volta atrás. Castroneves também perdeu terreno, permitindo a dupla da Ganassi assumir o controle da prova.

Vice-Campeão da IRL, em 1997 e 1998, o norte-americano Davey Hamilton, da Dreyer & Reinbold, bateu no muro da curva quatro, acionado mais uma amarela, na 82ª volta. Na relargada, oito voltas depois, Dixon assumiu a liderança.

A três voltas da metade da prova, Kannan bateu forte no muro, destruindo seu carro, e provocando uma nova amarela. Segundo o piloto baiano, que foi levado ao centro médico, e liberado sem ferimentos, mas com dores e mancando, alguma coisa quebrou na traseira do carro.

As coisas mudaram para a Ganassi, que havia vencido as duas últimas edições da prova, quando o francês Nelson Philippe, da HVM, provocou uma nova amarela, depois de um leve toque no muro, na 131ª volta. Vencedor da prova em 2007, Franchitti deixou os boxes antes do final do reabastecimento, caindo para a 12ª posição. O brasileiro Raphael Matos, da Luczo Dragon, que era 5º colocado, também teve problemas nos boxes, tendo que retornar para um splash and go, perdendo muitas posições na 139ª volta.

O carro do brasileiro Vitor Meira, da A.J.Foyt, pegou fogo, quando um pouco de combustÁ­vel caiu sobre as partes quentes do monoposto. Depois de quase deixar o cockpit, ao tirar o volante do lugar, Meira voltou Á  prova, sendo ovacionado pelo público.

Na relargada, a 40 voltas para o final, Dixon perdeu a liderança para Castroneves.

Power ultrapassou Dixon na 156ª volta, indo para cima de Castroneves. A disputa acabou na 161ª volta, com a sétima bandeira amarela da prova. O inglês Justin Wilson, da Dale-Coyne, que já havia rodado dentro do pitlane, bateu na curva um.

Castroneves manteve a ponta, seguido por Briscoe, que havia recuperado a volta, e o inglês Dan Wheldon, da Panther. Power teve problemas com a roda traseira direita, caindo para 6º.

A prova recomeçou na 167ª volta, com os pilotos se preocupando se teriam combustÁ­vel suficiente para as 33 voltas finais.

As estratégias mudaram quando Matos e Meira bateram forte, na disputa por posição. Matos tocou na traseira do carro de Meira, que rodou indo para o muro. Com o fundo do carro tocando o muro, Meira foi arrastado por vários metros. Os dois pilotos foram socorridos pelas equipes de segurança, com Matos recebendo ajuda para deixar seu carro. Meira foi levado, de helicóptero, para o hospital, se queixando de dores nas costas.

Com o muro tendo que ser reparado, a bandeira amarela se estendeu por diversas voltas. Na 179ª volta, Briscoe teve que ir aos boxes, para um rápido reabastecimento, acabando com suas chances de lutar pela vitória.

Na relargada, na 183ª volta, Castroneves manteve a frente, seguido por Wheldon e a norte-americana Danica Patrick, da Andretti-Green. Castroneves livrou 1s5 de vantagem, vencendo pela terceira vez no tradicional circuito, que completa cem anos de fundação neste ano.

Depois do drama vivido pelas acusações de fraude fiscal, e um longo julgamento, onde foi inocentado, Castroneves deu a volta por cima, e para delÁ­rio dos milhares de fãs presentes em Indianápolis, escalou a cerca de proteção, junto com a maioria dos membros da equipe Penske. O Homem-Aranha está de volta.

Wheldon foi 2º, com Patrick, em 3º, conquistando o melhor resultado de uma mulher na prova. O norte-americano Towsend Bell, da KV Racing, foi o 4º, sendo o melhor dos pilotos que não disputam a temporada completa. Power terminou em 5º, seguido por Dixon, o vencedor do ano passado.

No carro da Conquest, que foi classificado pelo brasileiro Bruno Junqueira, o canadense Alex Tagliani, ganhou 22 posições durante a corrida, completando em 11º. Com seu carro todo rosa, o inglês Alex Lloyd, da Schmidt/Ganassi chegou em 13º.  A parada extra relegou Briscoe ao 15º lugar.

Com o sétimo lugar Franchitti assumiu a liderança do campeonato, com 122 pontos. Castroneves é o vice-lÁ­der com 116. Briscoe soma 114 em 3º, seguido por Dixon, com 111. Kanaan, que chegou a Indianápolis como lÁ­der, caiu para 5º, com 110.

A próxima etapa acontece no dia 31 de maio em Milwaukee.