IndyCar: Bruno Junqueira encara Pole Day com otimismo

O tempo de treino não foi o ideal, devido Á  chuva, principal personagem da semana no circuito oval mais famoso do mundo. Mas, se há uma coisa de que os organizadores da mais tradicional prova automobilÁ­stica do planeta não abrem mão é o respeito Á  regras e ao calendário. Assim, a partir das 13h (de BrasÁ­lia), se as condições meteorológicas permitirem, os 36 pilotos que aceleraram durante a semana ganham a pista, um a um, para brigar por uma posição no grid das 500 Milhas de Indianápolis. O pole day, além de apontar quem larga na frente na corrida do dia 25, determina os ocupantes dos 11 primeiros lugares.

Consciente do que é a emoção de ser o mais rápido na qualificação para o evento – em 2002 comandou o grid depois de superar os 372 quilÁ´metros horários de média, com um Panoz/Toyota da Ganassi, o mineiro Bruno Junqueira (Brasil Telecomunicações/Telemont) encara o fim de semana com objetivos realistas. Ainda em fase de adaptação ao Dallara Honda nos ovais, depois de sete anos na ChampCar, o piloto e a equipe Coyne esperam garantir a classificação até amanhã, quando os 22 mais rápidos terão confirmadas suas posições – para as 11 restantes, a briga se estende até a semana que vem. Mais do que em qualquer outra pista, sair na frente em Indianápolis não é garantia de vitória, experiência que o próprio Bruno conhece bem. No ano em que foi pole e liderou as primeiras voltas, acabou abandonando, com problemas mecânicos.


“Não foi a semana de treino que esperávamos. As muitas horas programadas acabaram por ser poucas, devido Á s chuvas que caÁ­ram incessantemente quinta-feira e provocaram o término antecipado dos treinos de hoje, mas a situação é a mesma para todos. Fizemos todo o possÁ­vel para encontrar o acerto ideal e espero fazer valer minha experiência para me classificar nesse primeiro fim de semana”, explica Bruno, que sabe bem que fatores como a direção do vento nas quatro retas e quatro curvas podem mudar completamente o comportamento do carro e exigir uma pilotagem precisa.


Ontem, Bruno completou apenas 22 voltas e, na melhor delas, registrou 220.923 milhas por hora (355,4 quilÁ´metros horários). Ao descer do carro, fez uma avaliação positiva, e disse acreditar que é possÁ­vel andar ainda mais rápido na qualificação. Além do mineiro, vão Á  pista hoje seis outros brasileiros: seu companheiro de equipe Mário Moraes (Coyne), Tony Kanaan (Andretti Green), pole em 2005, Hélio Castroneves (Penske), que largou na frente em 2003 e 2007; Jaime Câmara (Conquest), Enrique Bernoldi (Conquest) e VÁ­tor Meira (Panther).