IndyCar: Ganassi domina em Indy e trÁªs brasileiros garantem vaga

O neozelandês Scott Dixon da equipe Ganassi deixou todos os pilotos para trás no primeiro dia de testes classificatórios para a 92ª prova das 500 Milhas de Indianápolis. Ele garantiu a pole position com o tempo de 39s7180. O companheiro de equipe, Dan Wheldon, foi o segundo mais rápido, com 39s7583 e o americano Ryan Briscoe (Penske) completou a primeira fila do grid de largada virando em 39s7615.

Hélio Castroneves, da Penske, teve o melhor tempo entre os brasileiros, 39s8453, e vai largar na quarta posição. Campeão das 500 Milhas em 2000 e 2001 e pole position no ano passado, Castroneves desistiu de tentar mais um tomada de tempo meia hora antes do encerramento dos testes. “Infelizmente não deu. Tentei de tudo. Mas tem um ponto de você ser corajoso e ser um pouco louco, né? E a gente não tá nessa situação de jogar tudo para fora. A Ganassi realmente está com o carro melhor para classificação. Vamos trabalhar para a corrida, porque na corrida são 500 milhas, tudo pode acontecer”, afirmou.


Hélio que completou 33 anos neste sábado, brincou com o fato de ter ganho o quarto lugar como presente. “Não era um presente que eu queria. Mas 4º lugar tá bom. A gente tá largando na segunda fila. Tem que pensar pelo lado positivo. É melhor que o 5º lugar”, ironizou.


O piloto Tony Kanaan até prometeu guardar as emoções para os últimos minutos, mas também desistiu de tentar mais uma tomada de tempo no final. Ele garantiu a sexta posição no grid, no meio da tarde com o tempo de 39s9429. “Acho que foi um dia bom para a gente. A gente tentou, mas não conseguiu fazer a pole. Mas não posso reclamar: segunda fila e a corrida é longa”, concluiu. Depois de acertar nas previsões do tempo para quarta e quinta-feiras Tony deu as dicas para os próximos dias. “Dia da corrida vai tá bom. Amanhã chove.”


Vitor Meira da National Guard/Delphi foi o terceiro brasileiro a garantir uma vaga no grid. Correndo com o carro reserva, o piloto brasiliense ficou com a oitava posição ao virar em 40s1061. “Foi excelente. Não tenho nada a adicionar nessa classificação, fora voltar a trabalhar mais porque a gente tá um pouco lento. A gente está ainda duas milhas mais lento que o pole. Mas eu estou orgulhoso da equipe e vai facilitar bastante ter classificado essa semana”.


Quatro brasileiros tentam vaga amanhã


Os pilotos da equipe Dale Coyne tiveram problemas com o carro e não conseguiram se classificar hoje. Bruno Junqueira rodou na pista antes de terminar a primeira volta. “A equipe errou no acerto da asa dianteira do carro, colocou muito mais do que era. O carro acabou rodando. Tive sorte de não bater”. Bruno espera garantir uma vaga nos testes de amanhã. “Eu sabia que hoje ficar entre os 11 primeiros não dava mesmo. Vamos ver se amanhã o tempo fica bom. Eu acho que entre os 22 a gente tem chance amanhã”, concluiu.


Já Mário Moraes conseguiu treinar por 67 voltas hoje, mas teve um problema no inicio das tomadas de tempo. A única volta que completou, ele virou em 40s789, suficiente apenas para colocá-lo na 17ª posição. “Infelizmente a gente não conseguiu uma boa velocidade para se classificar no top 11. Tive um problema a partir da segunda volta. O balanço do carro não ficou bom. Vamos ver para amanhã se conseguimos ficar entre os 22 primeiros”, comentou.


O clima também não é dos mais felizes na equipe Conquest. Enrique Bernoldi desde ontem testa o carro número um que ficou pronto, mas não está satisfeito com os resultados. Hoje durante os treinos livres ele deu 53 voltas, mas sem conseguir a velocidade que precisava, nem chegou a tentar se classificar. “Estamos tirando bastante asa para tentar ser um pouco mais rápido, mas a gente já está chegando em um ponto que não tem mais aderência. Temos que parar um pouco e tentar um novo acerto porque essa estrada que a gente pegou não funciona. A gente chegou no máximo a 220 milhas por hora e não vai mais que isso”, afirmou.


Jaime Câmara que sofreu um acidente no inÁ­cio da semana, voltou as pistas com o carro reserva de Bernoldi. Na tentativa de recuperar o tempo perdido ele usou o dia para treinar e deu 68 voltas. “Eu não estou no ponto que eu queria tá. Ainda não tÁ´ confortável no carro de novo como eu estava antes da batida. Amanhã vou tentar classificar. Se não der, temos treino na quarta, quinta e sexta e tento classificação no último fim de semana”.


Os pilotos têm a segunda chance de classificação amanhã, a partir do meio dia (13h horário de BrasÁ­lia). Serão definidas as onze vagas até a 22ª posição. No próximo sábado (17), serão preenchidos os últimos lugares dos 33 carros para o grid de largada. A 92ª prova das 500 Milhas acontece no dia 25 de maio.