IndyCar: Na raça, Bruno Junqueira ganha 17 posições em Detroit e faz uma de suas melhores corridas do ano

Nada melhor para um piloto do que um bom resultado num fim de semana que não prometia muito. Que o diga Bruno Junqueira (Alcompac/Telemont) que, na volta a Detroit, pista em que já havia acelerado nos tempos da ChampCar, largou longe da posição esperada. Depois de finalmente conseguir um bom acerto para seu Dallara Honda, que fazia prever uma posição de largada entre os 10 primeiros, o piloto da Dale Coyne viu seu esforço cair por terra no treino oficial de sábado, quando a quebra de um braço de suspensão o levou para o muro e tirou suas duas voltas mais rápidas (punição prevista pelo regulamento da Indy Racing League quando é provocada a bandeira vermelha, interrompendo a sessão).

Sair em 24º em um traçado de rua travado, com poucos pontos de ultrapassagem e muitos riscos de acidente não é situação das mais animadoras. Pois com muita raça e fazendo valer a experiência adquirida nas pistas americanas, Bruno levou o carro de número 18 Á  sétima posição, resultado praticamente impensável na teoria, mas que veio para premiar uma corrida perfeita. E que mostrou que não seria um sonho pensar no pódio caso fosse possÁ­vel largar várias filas Á  frente. O GP de Detroit, penúltima etapa da temporada da IRL, foi vencido por Justin Wilson, da Newman Haas Lanigan, Á  frente de Hélio Castroneves (Penske) e Tony Kanaan (Andretti Green). O resultado de Helinho, somado Á  quinta posição de Scott Dixon, mantém a decisão do campeonato para a última prova, o GP de Chicagoland, domingo, em circuito oval.


Bruno fez uma corrida inteligente, aproveitando apenas as oportunidades reais para ganhar posições e sem correr riscos desnecessários. Avançando no pelotão, ele conseguiu ficar distante dos acidentes que tiraram, entre outros, o venezuelano E.J.Viso da prova e vinha melhorando o desempenho a cada volta. O restante do resultado veio com uma estratégia de paradas nos boxes que, finalmente, foi ajudada por um bom trabalho do time nos pitstops. Enquanto pilotos como Graham Rahal foram obrigados a parar nas voltas finais para um rápido reabastecimento relâmpago, o mineiro pÁ´de controlar a situação e levar o Dallara sem sustos Á  bandeirada.


“Finalmente foi um bom dia para nós. Num final de semana que começou com problemas no acerto do carro, depois uma batida na classificação, que causou bastantes danos e horas de trabalho aos meus mecânicos, nada como um bom resultado para fazer valer todo o esforço. Não tivemos uma vitória hoje, mas saÁ­mos daqui vitoriososa com a superação das dificuldades e com o objetivo de terminar entre os top 10 alcançado. Tive um carro bom hoje, não era o mais rápido na pista mas me permitiu marcar a sétima volta mais rápida da corrida, que mostrou bem onde estávamos. Fiquei bastante satisfeito com a minha performance como piloto hoje. Numa pista tão fácil de cometer erros, sair daqui sem incidentes é muito gratificante, e ainda ter sido tão competitivo, executando varias ultrapassagens e dando tudo de mim”, destacou Bruno, ao descer do carro.