IRL: Dan Wheldon aposta em vitória de Meira

Dan Wheldon confessa-se impressionado com desempenho do piloto brasileiro e da equipe que lhe abriu as portas da categoria em 2002.


O trabalho feito por Vitor Meira e pela equipe Panther na temporada 2006 da Fórmula Indy vem chamando atenção. A conquista d segundo lugar no GP de Michigan, no último domingo (30), depois de liderar 75 voltas, rendeu ao brasileiro a reverência de Dan Wheldon, que conquistou o vice-campeonato da categoria em 2004 e o tÁ­tulo do ano passado. “Vitor e os rapazes da Panther estão vindo mesmo para ganhar”, admitiu o inglês, terceiro na corrida.

Wheldon, hoje defendendo a Chip Ganassi Racing, iniciou sua carreira na Indy pela Panther, em 2002. “A equipe pode não ter um orçamento tão completo quanto o da Ganassi ou o da Penske, mas faz uma excelente temporada com as condições que tem. Esses rapazes são acima da média, capazes de dar o sangue pelo trabalho. Vitor, para mim, é um dos pilotos mais promissores que temos na categoria, a hora de sua vitória está chegando”, aposta.

A prova em Michigan, vencida por Helio Castroneves, foi a terceira do ano em que Meira conquistou um segundo lugar – as outras foram as de Watkins Glen e Richmond. Foi a sétima vez em 57 largadas na Indy que o brasileiro terminou uma corrida nesta posição. Ele é quinto colocado na classificação do campeonato com 320 pontos. Castroneves sustenta a liderança com 376, contra 368 do vice Sam Hornish Jr., 359 de Wheldon e 345 de Scott Dixon.

Castroneves, que manteve-se atrás de Meira por mais de 40 voltas e lhe tomou a liderança da prova em função da estratégia de pit stops, admitiu que teve de “dirigir como um louco” nas últimas 20 voltas. “A 10 voltas do final, eu pensava ter a prova sob controle. AÁ­ olhei no retrovisor e vi um ponto alaranjado. Eu não acreditava que o Vitor poderia ameaçar nossa vitória Á quela altura”, comentou o piloto, que venceu com uma vantagem de 1s6229.

Meira procura não identificar um motivo especÁ­fico para não ter levado Á  vitória na corrida um carro que absorve menos investimentos financeiros que os da Penske e da Ganassi. “Nós fizemos o possÁ­vel, fomos a Michigan para dar 110 por cento de empenho, mas perdemos a corrida nos boxes”, explicou o brasileiro, que se juntou Á  bicampeã Panther poucas semanas antes da primeira prova do ano, dando inÁ­cio a um processo de reestruturação.

A chance cada vez maior de alcançar a primeira vitória aumenta deixa o brasileiro mais motivado. “Nós estamos aqui para isso, para correr atrás dessa vitória. O que está por vir é algo muito bom, resultado do trabalho que a equipe tem feito”, analisa o brasiliense de 29 anos. “Não é um trabalho só de hoje, mas que começou desde o dia em que fui convidado pelo John Barnes para fazer parte da reformulação da equipe”, diz, citando o proprietário da Panther.