Mercedes-Benz Challenge: Rabelo, o “Cearense Voador”, vence depois de dominar etapa em Tarumã

– Atual vice-campeão largou da pole e seguiu em primeiro do começo ao fim na CLA AMG Cup
– Na C 250 Cup, a dupla Paioli/Gottschalk venceu e assumiu a liderança isolada
– Prova teve muitas surpresas e alternância de posições

Os dois extremos do paÁ­s comandaram a disputa pela vitória na divisão CLA AMG Cup do Mercedes-Benz Challente durante a terceira etapa da temporada 2016. O cearense Adriano Rabello e o gaúcho Luiz Ribeiro foram protagonistas da prova realizada neste domingo (26) no Autódromo Internacional de Tarumã, no Rio Grande do Sul. Correndo em casa, Ribeiro era um dos favoritos Á  vitória pela larga experiência no rápido traçado localizado no pequeno municÁ­pio de Viamão, vizinho de Porto Alegre. O gaúcho acabou sendo surpreendido, no entanto, por Adriano Rabelo, que conquistou sua primeira pole position na categoria. Na C 250 Cup, a dupla Marcos Paioli/Peter Gottschalk terminou em primeiro, assumindo agora a liderança isolada daquela divisão.

Rabelo e Ribeiro mantiveram suas posições na largada e já nas duas primeiras voltas mostraram que seriam os principais candidatos Á  vitória. Na oitava volta, a bandeira amarela agitada após a rodada de Ydenis Souza reagrupou os pilotos e gerou nova expectativa sobre a disputa pelas primeiras posições. Poucos giros depois, no entanto, Rabelo e Ribeiro voltaram a abrir vantagem sobre o terceiro colocado, o paulista Betão Fonseca.Â

Na volta 17, o parceiro de Ydenis Souza, Artur Bragantini, escapou e atingiu a proteção de pneus. O incidente provocou nova bandeira amarela e embaralhou as posições finais, já que grande parte do grid realizou a parada obrigatória somente após a entrada do safety car. Como o impacto deslocou grande parte da proteção de pneus na Curva da Vitória (a última antes da reta de chegada), a prova foi encerrada com 75% do tempo total de disputa, ainda sob intervenção do safety car. Devido Á  entrada tardia de parte dos competidores para o pit stop, somente os quatro primeiros colocados ficaram na mesma volta.

“Larguei bem e tinha um bom ritmo, andando na mesma ‘batida’ que o (Luiz) Ribeiro. E consegui segurar as investidas dele”, lembrou Adriano Rabelo. “Foi um final de semana que começou meio complicado, mas deu tudo certo. Essa prova foi a única para a qual eu vim sem pensar que poderia vencer. Então, a ideia era somente marcar pontos. No sábado, depois do segundo treino, eu era apenas o 15º. Mas a equipe optou por uma mudança radical no acerto. Por isso, na tomada de tempos conseguimos uma volta bem rápida e ficamos com a pole. Depois, na corrida, conseguimos essa bela vitória. Foi muito legal voltar para o pódio, que eu não visitava desde dezembro do ano passado. Foi ótimo matar essa saudade”, completou o “Cearense Voador”.

O segundo colocado, Fernando Júnior, disse que a prova não foi das mais fáceis. “Na verdade, foi bem difÁ­cil”, frisou ele. “Larguei apenas em 13º e então tive que fazer uma corrida de recuperação, o que nunca é tranquilo. Mas tivemos um pouco de sorte e a estratégia da equipe também foi boa. Fui um dos últimos a fazer o pit stop por que a ideia era ter pneus bons no final da prova para poder fazer ultrapassagens. No fim, esse resultado não era esperado, especialmente pela minha posição de largada. Mas esse segundo lugar foi para mim como uma vitória, por que venho de um resguardo médico que me fez perder a etapa anterior (Goiânia). Foi um resultado muito bom para mim e o Rabelo, que disputamos o tÁ­tulo do ano passado até o final e, em 2016, ainda estávamos muito embaixo na tabela de pontuação”.

Outro que largou atrás e terminou entre os primeiros foi o paulista Fernando Amorim, que partiu em 14º. “A corrida começou bastante difÁ­cil para nossa equipe. Com o primeiro set de pneus, meu carro esteve bastante dianteiro e esse desequilÁ­brio deu trabalho para mantê-lo no traçado”, destacou. “Mas assim é nosso o esporte. A prova só termina mesmo na bandeirada! E, em razão da bandeira amarela no final e da estratégia que fizemos, consegui ganhar posições. Isso dá um novo ânimo para nossa equipe no campeonato, já que eu estava havia cinco corridas sem pontuar”, lembrou o terceiro colocado em Tarumã.

Se não foi o melhor, o resultado da prova não foi de todo ruim para o lÁ­der da CLA, Arnaldo Diniz, que chegou apenas em 9º. O paulista continua na frente, agora com 42 pontos, seguido de perto pelo vencedor da etapa de Goiânia, Fernando Fortes (39). Adriano Rabelo passou a somar 25 pontos na 6ª posição, enquanto Fernando Júnior está em 8º, com 20 pontos.

Nova vitória – Na C 250 Cup, a dupla Marcos Paioli/Peter Gottschalk comemorou a segunda vitória na temporada – tinham vencido também em Goiânia, na segunda etapa. “Nossa estratégia mais uma vez funcionou bem, e teria funcionado mesmo sem a intervenção do safety car. A bandeira amarela acabou ajudando porque nos permitiu economizar uma volta na parada e chegar ao quarto lugar geral da prova, o que foi excelente, maravilhoso”, destacou Paioli. Quando entrou na pista para cumprir seu turno de pilotagem, Peter Gottschalk não teve chance de acelerar em razão do encerramento da prova com bandeira amarela. Mas a oportunidade “perdida” não incomodou o parceiro de Marcos Paioli no Mercedes-Benz C 250 # 111. “O presente cai do céu, a gente recebe e não discute”, comemorou o vencedor. A vitória colocou a dupla na liderança isolada, com 55 pontos, deixando Claudio Simão em segundo com 48. Simão dividia a liderança com a dupla vencedora até a etapa anterior.

Também feliz estava o paulista Fabio Escorpioni, que obteve seu primeiro pódio na C 250: “O final de semana foi perfeito. Este é meu primeiro ano na categoria e é ótimo estar no pódio já na terceira corrida. Não tenho nem palavras para resumir esta prova, foi espetacular”, comemorou Escorpione.

De outro lado, o atual campeão da categoria, Peter Michel Gottschalk, o “Tubarão”, não ficou tão feliz com o segundo lugar. No sábado, ele havia cravado a pole: “Tive um problema e larguei em último. Eu tinha chance de ganhar essa corrida, mas a entrada do safety car também me atrapalhou. Foram três corridas e três problemas este ano, ainda não consegui embalar. Aqui em Tarumã eu estava bem confiante e achava que ia vencer pela primeira vez no ano. Mas corrida é assim, essas coisas acontecem e a gente tem que seguir firme com o trabalho para melhorar”. Peter é o terceiro na tabela, com 41 pontos.

Resultado da prova:

1) Adriano Rabelo, CLA, 22 voltas em 37:09.431

2) Fernando Junior, CLA, 37:11.598

3) Fernando Amorim, CLA, 37:12.889

4) Marcos Paioli/Peter Gottschalk, C250, 37:14.911

5) Luiz Carlos Ribeiro, CLA, a 1 volta

6) Roger Sandoval, CLA, a 1 volta

7) Cristian Mohr, CLA, a 1 volta

8) Pierre Ventura, CLA, a 1 volta

9) Betão Fonseca, CLA, a 1 volta

10) Arnaldo Diniz Filho, CLA, a 1 volta

11) Peter Michel Gottschalk, C250, a 1 volta

12) Fernando Fortes, CLA, a 1 volta

13) José Vitte, CLA, a 1 volta

14) Carlos Kray/J.H.Assunção, CLA, a 1 volta

15) Fabio Escorpioni, C250, a 1 volta

16) Fernando Poeta, CLA, a 1 volta

17) Claudio Simão, C250, a 1 volta

18) C.A.Guilherme/S.Kuba, C250, a 1 volta

19) Flavio Andrade, C250, a 1 volta

20) Claudio Dahruj, CLA, a 1 volta

21) Neto De Nigris, CLA, a 1 volta

22) Renato Braga, CLA, a 1 volta

23) B.Alvarenga/Romualdo Jr, C250, a 1 volta

24) João Lemos, C250, a 1 volta

25) Beto Rossi, C250, a 2 voltas

26) Lorenzo/Paulo Varassin, CLA, a 6 voltas

27) Y. de Souza/A. Bragantini, C250, a 9 voltas

28) Paulo Totaro, CLA, a 19 voltas

29) Max Mohr, C250, sem tempo

Classificação após três etapas:

CLA AMG Cup

1) Arnaldo Diniz, 42 pontos

2) Fernando Fortes, 39

3) Betão Fonseca, 32

4) Claudio Dahruj, 29

5) Roger Sandoval, 29

6) Adriano Rabelo, 25

7) José Vitte, 22

8) Fernando Jr, 20

9) Luiz Carlos Ribeiro, 20

10) Lorenzo/Paulo Varassin, 19

11) Neto De Nigris, 16

12) Pierre Ventura, 16

13) Fernando Amorim, 15

14) Renato Braga, 14

15) Cristian Mohr, 14

16) Carlos Kray, 12

17) Henrique Assunção, 12

18) Fernando Poeta, 10

19) Cesar Fonseca, 6

20) Marcelo Hahn, 5

21) Paulo Totaro, 2

C 250 Cup

1) Marcos Paioli/Peter Gottschalk, 55

2) Claudio Simão, 48

3) Peter Michel Gottschalk, 41

4) Flavio Andrade, 37

5) Fabio Escorpioni, 25

6) Max Mohr, 24

7) C.A.Guilherme, 18

8) Sérgio Maggi, 17

9) Romualdo Magro Jr, 17

10) Ydenis R. de Souza, 16

11) Beto Rossi, 15

12) João Lemos, 15

13) Sergio Kuba, 11

14) Bruno Alvarenga, 9

15) Betinho Sartório, 9

16) Mateus Biriba, 9

17) André Paulo Varasin, 6