Nascar: Team Red Bull chega Á  Nascar trazendo novidades

Estréia da nova equipe na principal categoria do automobilismo norte-americano ocorre no próximo dia 18 de fevereiro, nas 500 milhas de Daytona.

Os Estados Unidos são um paÁ­s bizarro, em que futebol tem bola oval e se joga com as mãos e, em matéria de automobilismo, a Fórmula 1 é apenas uma categoria pitoresca que visita Indianápolis uma vez por ano – e ainda anda para o lado errado no mÁ­tico circuito.


Nos EUA, automobilismo é sinÁ´nimo de NASCAR, a categoria de stock cars que leva multidões aos autódromos ovais e atrai milhões de telespectadores em suas 36 (!) etapas anuais. O fenÁ´meno cresceu tanto que, hoje, a NASCAR já superou esportes tradicionais como o basquete e o beisebol em popularidade, perdendo apenas para o futebol (o estranho, da bola oval) em audiência junto ao público ianque.


E, se envolve motores e adrenalina, a Red Bull não poderia ficar de fora. A partir das 500 milhas de Daytona no dia 18 de fevereiro próximo, o Team Red Bull estréia com força total na principal categoria do automobilismo norte-americano, a NASCAR Nextel Cup.


Como sempre, nada foi feito de maneira convencional pela empresa. Se na F1 a Red Bull comprou as equipes Jaguar e Minardi para criar a Red Bull Racing e a Scuderia Toro Rosso, e na Stock Car Brasil formou uma parceria com Amir Nasr para dar origem Á  equipe Red Bull Stock Car, na NASCAR o esforço partiu da estaca zero. No inÁ­cio de 2006, um galpão foi adquirido em Mooresville, no estado da Carolina do Norte, e a partir daÁ­ a Red Bull começou a formar o verdadeiro exército (mais de 100 empregados) envolvido na criação de uma equipe de competição de ponta.


Da F1, a Red Bull trouxe o experiente engenheiro Gunther Steiner para comandar o lado técnico da operação. Para pilotar os dois Toyota Camry do time, um par de pilotos polêmicos: Brian Vickers, ex-companheiro de Jeff Gordon e do atual campeão Jimmie Johnson na equipe Hendrick Motorsports, e o ultra-agressivo A.J. Allmendinger, vencedor de cinco provas da Fórmula Mundial em 2006 e que nunca havia sentado em um stock car até a metade do ano passado.


Outra novidade para o público americano são dois carros idênticos com números consecutivos, 83 e 84, Á  la F1 – na NASCAR os números normalmente são escolhidos pelos próprios pilotos, e cada carro possui um patrocinador próprio. O motivo da escolha: os 250 mililitros de uma lata de Red Bull equivalem a 8,3 “onças” nos EUA, que ainda não se convenceram sobre as conveniências do sistema métrico.


Ainda no campo das inovações, a empresa negociou longamente com a NASCAR para se isentar da obrigatoriedade de carregar os logos dos fornecedores no pára-lama dianteiro dos seus carros, dando aos Toyotas do Team Red Bull o mesmo visual limpo e moderno consagrado pelas equipes Red Bull Racing e Scuderia Toro Rosso na F1.


A ação em Daytona começa já no dia 10 de fevereiro com o “Shootout”, uma corrida extra-campeonato reunindo os pilotos que, como Vickers, marcaram ao menos uma pole position na temporada anterior.