Outras: Guto Negrão mata saudade das pistas e testa Super Mégane em Barcelona

Ex-vencedor da Stock Car anda bem mas descarta participar de campeonato

 O veterano piloto campineiro Guto Negrão, que tem no currÁ­culo vitórias na Stock Car, dois tÁ­tulos no Brasileiro de Endurance e a conquista na clássica prova Mil Milhas Brasileiras, em 2005, matou a saudade das pistas ao testar um Renault Super Mégane segunda- no circuito da Catalunha (Espanha). O modelo é semelhante ao conceito brasileiro da Stock Car e é usado em uma das modalidades que compõem a Renault World Series, que é disputado em vários paÁ­ses da Europa e envolve várias outras categorias.

Aproveitando os testes de seu filho André na F-Renault 3.5, Guto decidiu “sentar a bota” novamente e encarou um dia de treino no esportivo da marca francesa. O resultado foi acima das expectativas: Negrão foi o sexto colocado na sessão da manhã e quinto Á  tarde , terminando com o sétimo melhor tempo do acumulado do dia e mostrando competitividade ao registrar a melhor volta entre os pilotos que guiavam o carro pela primeira vez. Apesar da boa estreia, Guto disse que não há planos de participar do campeonato de 2011 da categoria:

“A experiência foi ótima e adorei o fato de ser o melhor estreante na pista. Valeu pela brincadeira, pelo desempenho, mas não vou correr aqui no ano que vem. Bem que o pessoal quer que eu corra, mas não conseguiria conciliar essa participação com a administração da carreira do André. Não dá para fazer as duas coisas ao mesmo tempo.”

Por outro lado Guto Negrão deixa em aberto a possibilidade de voltar a competir quando admite que sua prioridade é definir o próximo passo da carreira do filho. “Eu só cogitaria se ele fosse fazer uma categoria que não faz parte da World Series, mas isso não deve acontecer. Eu não tenho cabeça e nem habilidade para dirigir a carreira do filho e guiar corrida ao mesmo tempo”, conta o campineiro. Questionado a fazer uma comparação com os Stock Car que o levou a diversas vitórias e atuações destacadas em pistas brasileiras, Guto considerou que as reações do Super Mégane estão mais próximas de um monoposto:

“São dois carros completamente diferentes. O Mégane é quase um fórmula, com 350 HP e apenas 800 kg de peso total, contra 520 HP e 1300 kg de um carro da Stock Car. Além disso,o piloto vai sentado no meio do chassi e o câmbio é acionado por borboletas junto ao volante, igual a um F-Renault 3.5 e um F1 atual. Em outras palavras, é um baita carro”, elogiou o piloto de 51 anos.

Conduzir um carro que tem freios bem melhores que os de um Stock Car proporciona uma pilotagem “menos cansativa” mesmo que o teste também tenha marcado o primeiro contato do brasileiro com a pista que desde 1991 é sede do GP da Espanha de F1:
“É uma pista muito técnica e rápida. Demorou para pegar a mão do traçado, mas acho que nas voltas finais consegui descobri o caminho das pedras.”