Rally Dakar: Chuva e neblina marcam terceiro dia

Mesmo assim, Valtra Dakar Eco Team lidera na categoria Experimental. Amanhã, segundo Klever Kolberg, será um dos dias mais duros do rally.

Os 355 quilÁ´metros entre Córdoba e La Rioja foram “um vÁ´o cego”, nas palavras de Klever Kolberg. Ele, ao lado do navegador Giovanni Godoi, completou a especial do terceiro dia do Rally Dakar em 4h55min42s (o melhor do dia, Nasser Al-Attiyah, fez em 4h17min58s), em trecho marcado por muita chuva, neblina e trechos sinuosos de serra. O tempo obtido pela equipe brasileira foi o 50º no geral e o primeiro da categoria Experimental. Até agora, Klever e Giovanni ocupam a 49ª colocação na somatória de tempos, e ocupa a liderança em sua categoria, destinada a competidores que usam combustÁ­veis de fontes “limpas” e renováveis.

“Foi um dia um tanto pesado, o de hoje, com muita subida, descida e curvas fechadas. Estava chovendo pela manhã e com o barro tudo fica um pouco mais perigoso”, contou Kolberg, do Valtra Dakar Eco Team, o primeiro piloto da história do Rally Dakar a competir usando etanol como combustÁ­vel a bordo do Mitsubishi Pajero Sport Flex. “A maioria dos pilotos não usou um pneu especÁ­fico para as condições, mas a nossa sorte é que os pneus que nos foram fornecidos pela Pirelli são muito bons inclusive no barro, apesar de serem desenhados especificamente para o piso seco”, lembrou.

“Isso nos possibilitou fazer várias ultrapassagens, mas na parte da manhã foi praticamente um vÁ´o cego por causa da chuva e, principalmente, por causa da neblina”, explicou Klever. A chuva foi diminuindo e a neblina passou. “Foi bom depois porque com o piso úmido não havia poeira formada”, contou.

Entre o ontem e hoje, o Valtra Dakar Eco Team resolveu um pequeno problema com os freios do Mitsubishi Pajero Sport Flex. “Hoje ficou bem melhor, mas o que nos espera amanhã não vai ser nada fácil”, prevê. O quarto dia do rally, entre La Rioja e Fiambala, com 441 quilÁ´metros de trajeto – 182deles cronometrados – será marcado por terreno arenoso, o que para Kolberg deverá ser um complicador. “A areia força muito mais o carro – suspensão, freios, câmbio e motor. Será um verdadeiro teste para o carro. Espero um dia bem complicado. Para o carro, vai ser durÁ­ssimo, mas vamos nos virar para que tudo dê certo”, afirmou.