Rally Dakar: DomÁ­nio russo nos caminhões é colocado Á  prova no Dakar 2015

Equipes Kamaz são favoritas na corrida pelo tÁ­tulo da competição; Iveco do holandês Gerard De Rooy busca a revanche

Pela primeira vez na história o Dakar contará com uma etapa maratona – equipes não podem ter auxÁ­lio externo na manutenção do veÁ­culo – para os caminhões. Esta novidade, que será realizada durante a sétima e oitava etapas, na região de Iquique (CHI), é mais uma entre as dificuldades para o veÁ­culo russo liderado por Andrey Karginov, do Kamaz, que tenta manter o domÁ­nio de seu paÁ­s na prova. Mas seus rivais, comandados pelo holandês Gerard De Rooy, da Iveco, estão na expectativa da revanche e prometem não desperdiçar as oportunidades. A edição de 2015 do rali acontece entre 4 e 17 de janeiro, na América do Sul. Enquanto os caminhões terão como desafio apenas Argentina e Chile, as motos, quadriciclos e carros terão o acréscimo da BolÁ­via para desbravarem, especificamente o entorno de Uyuni.

No histórico do Dakar, a categoria dos veÁ­culos pesados é dominada pelo Kamaz, que conta com 12 tÁ­tulos nas últimas 18 edições. Neste ano, a supremacia russa ficou ainda mais evidente no pódio. Dos cincos primeiros, quatro foram da equipe do Leste Europeu: Andrey Karginov em primeiro, Eduard Nikolaev em terceiro, Dmitry Sotnikov em quarto e Antonio Shibalov em quinto. Somando as idades dos integrantes da equipe, dá uma média de 31 anos, o que valida perfeitamente Á  entrada na era pós Chagin, o maior campeão dos caminhões com sete conquistas.

Em 2015, o comboio russo terá o reforço de Ayrat Mardeev, uma peça importante para o jogo do time. Com talento individual dos pilotos, alto nÁ­vel das máquinas e poder coletivo, o Kamaz, mais uma vez, é favorito para superar 8.159 km de percurso total, sendo 3.759 km cronometrados (especiais).

Apesar do Á­mpeto dos competidores da Rússia, a lista de inscritos nos caminhões, que possui 64 veÁ­culos, conta com pilotos e navegadores de outras nacionalidades e equipes que podem fazer frente a eles. Gerard De Rooy, da Iveco, conhece as armas para encarar o esquadrão rival e vencê-lo. Campeão do Dakar em 2012, o holandês ficou neste ano apenas três minutos atrás de Karginov e terminou com o vice-campeonato. O tÁ­tulo escapou após seu time ficar nove etapas na liderança, sendo três vitórias.

Quem também merece respeito é o MAN, agora comandado por Ales Loprais (CZE). Depois de sete anos liderando um Tatra, o sobrinho do hexacampeão Karel Loprais tenta fazer jus ao sobrenome. Depois de um 3º lugar em 2007, cinco etapas vencidas ao longo de sua jornada na prova e um sexto lugar nas duas últimas edições, ele tenta retornar ao pódio.