“Rota 2030” é aprovado e montadoras terão incentivo anual de R$ 1,5 bi

Medida Provisória precisa agora ser aprovada em plenário por Câmara dos Deputados e Senado.

Uma comissão mista (integrada por deputados federais e senadores) aprovou nesta quarta-feira (24), na Á­ntegra, a Medida Provisória 843/2018, que institui o programa “Rota 2030” a partir de 2019. O relatório foi de autoria do deputado Alfredo Kaefer (PP-PR).

Agora o tema precisa ser votado pelos plenários da Câmara e do Senado Federal, o que deve ocorrer nos próximos dias, já que o prazo final para aprovação é dia 16 de novembro. Sendo definitivamente sancionada, a medida entra em vigor no ano que vem.

Através desse novo regime de incentivo Á  indústria automotiva instalada no Brasil, montadoras terão acesso a até R$ 1,5 bilhão anuais em incentivos fiscais para desenvolver novos projetos e produtos no paÁ­s.

Em contrapartida, terão de investir pelo menos R$ 5 bilhões anualmente em pesquisa e desenvolvimento. Também serão concedidos subsÁ­dios retroativos ao perÁ­odo do “Inovar Auto”, programa antecessor ao “Rota”, além de isenções fiscais para o fomento da cadeia de fornecedores e créditos de IPI especÁ­ficas para empresas que atuam no Nordeste.

Este último tema, aliás, foi incluÁ­do recentemente na MP como prorrogação de um regime especial já vigente, que encerraria em 2020 e agora está garantido até 2025. FCA e Ford, que possuem fábrica em Goiana (PE) e Camaçari (BA), entraram em conflito por conta da abrangência do incentivo, antes nacional e, a partir de 2020, válida apenas para o IPI recolhido na própria região Nordeste. Ao que parece, o impasse foi resolvido.

Para 2019, o orçamento federal já prevê um total de R$ 2 bilhões somando todos os incentivos.

A Anfavea, em comunicado assinado por seu presidente, Antonio Megale, comemorou a decisão. “Hoje tivemos uma grande vitória. (…). O Rota 2030 significa um passo importante para o desenvolvimento da indústria automobilÁ­stica e da engenharia no Brasil, sendo a nossa oportunidade de contribuir para a competitividade do setor e de termos mais previsibilidade para a tomada de decisões e de novos investimentos”, diz o texto.