Stock Car: Interlagos traz boas lembranças para a Shell

Maior patrocinadora do automobilismo brasileiro, a Shell disputa com seus quatro carros neste fim de semana o evento de maior premiação do esporte brasileiro, a Corrida do Milhão da Stock Car, com um prêmio de R$ 1 milhão para o piloto vencedor, em Interlagos. Todos os quatro pilotos da Shell costumam ter bons desempenhos no palco da prova, que terá diversas novidades em seu regulamento particular.

A principal mudança será no formato do treino classificatório. Após Q1 e Q2 com o sistema normal, o Q3 com os seis primeiros será diferente, com todos os pilotos na pista ao mesmo tempo em dez minutos; cada um terá de completar três voltas lançadas, e será aferida a média dessas voltas; em seguida, os três mais rápidos a passam a uma Super Pole (Q4), no qual terão direito a uma volta lançada, com o mais rápido faturando a pole.

Além disso, os pilotos serão obrigados a começar a prova com os pneus utilizados na classificação e também com o mesmo nÁ­vel de combustÁ­vel do quali. Com isso, a parte inicial da prova deverá ter competidores adotando estratégias bem distintas. Quem largar mais Á  frente terá pneus mais gastos e provavelmente terá de reabastecer com mais gasolina no pit stop.

Sobre os pneus, outra novidade: fornecedora de pneus da Stock Car, a Pirelli levará para Interlagos um composto mais macio – e que, portanto, propicia mais aderência – batizado de DM. Por outro lado, os pilotos precisarão tomar mais cuidado para evitar um desgaste acima do desejado na prova.

Em relação aos pilotos da Shell, Ricardo Zonta foi o último vencedor da Stock Car em Interlagos, em 2018, tendo inclusive levado pontuação dobrada pelo triunfo. Em 2013, o paranaense foi o ganhador da Corrida do Milhão, também realizada no Autódromo José Carlos Pace.

Átila Abreu também já venceu em Interlagos, em 2015, e conseguiu outros dois pódios, ambos em 2010, com um segundo e um terceiro lugares, além de ter largado na primeira fila na prova em que conquistou a vitória, há quatro anos.

Já Galid Osman esteve muito perto de vencer uma das edições da Corrida do Milhão: em 2012, em Interlagos, o piloto do carro #28 era o lÁ­der na abertura da última volta mas parou sem combustÁ­vel. Em 2014, na edição da prova em Goiânia, Galid foi ao pódio, em terceiro.

Por fim, Gaetano di Mauro fez sua estreia na principal categoria do automobilismo justamente em Interlagos, no ano passado, cedido pela Academia Shell Racing a outra equipe. Pelo Brasileiro de Turismo, em 2017, Di Mauro conquistou a vitória pela Shell.

Considerado um dos autódromos mais importantes do Brasil, Interlagos foi inaugurado em 1940 e sua extensão atual é de 4.309 metros. Na prova deste domingo, a duração será de 40 minutos mais uma volta. Haverá pit stop obrigatório, com troca de dois pneus e reabastecimento.

A programação terá três treinamentos livres, sendo dois na sexta-feira e um no sábado pela manhã. A classificação terá inÁ­cio ao meio-dia de sábado, com transmissão ao vivo do site GloboEsporte.com. Domingo, a largada da Corrida do Milhão será Á s 11h30, e a TV Globo passa ao vivo.

Todos os pilotos da Shell estão elegÁ­veis para o Fan Push, um disparo adicional do botão de ultrapassagem. A votação continua até a hora da largada no site oficial (www.stockcar.com.br). Fora o Fan Push, serão disponibilizados oito acionamentos do push to pass na prova.

O que eles disseram:

“Os objetivos principais são voltar para o top 10 do campeonato e disputar a vitória na Corrida do Milhão. Em 2012 eu liderava na última volta quando acabou a gasolina. Dois anos depois, em Goiânia, terminei em terceiro lugar. Então é uma corrida em que costumamos ir muito bem, e tenho muitas esperanças de ir bem de novo.”
Galid Osman, piloto do carro #28 na equipe Shell Helix Ultra

“A Corrida do Milhão sempre tem um clima especial e pra mim mais ainda, pois em 2013 fechamos a temporada vencendo justamente em Interlagos. Foi um momento inesquecÁ­vel em minha carreira. É uma prova que chama atenção de público, imprensa e fãs pela premiação e que faz o desafio pela vitória ainda mais especial. É a hora de lutarmos pelo bi. A última vez que corremos em Interlagos, em dezembro passado eu larguei na pole e venci.”
Ricardo Zonta, piloto do carro #10 na equipe Shell V-Power

“A Corrida do Milhão é a mais importante da temporada e a mais esperada por fãs, equipes, pilotos e patrocinadores, e conosco não é diferente. Voltar a acelerar em Interlagos é sempre muito bom, e estou colocando muitas fichas nessa prova. Apesar de o ano ter começado conturbado, nosso carro vem melhorando etapa após etapa. Será uma prova diferente, apesar de ser de tiro curto, com reabastecimento e uma classificação diferente, com o Q3 tendo a média das voltas, promete ser muito interessante. Muitos vão para o tudo ou nada, e isso abre muitas variáveis, e temos de estar atentos a todos esses lances para aproveitar a melhor oportunidade. Já estive perto de vencer essa corrida algumas vezes, mas nunca belisquei esse prêmio que seria ótimo, pelo momento e pela oportunidade de dividir com a equipe. Vamos trabalhar bastante para isso.”
Átila Abreu, piloto do carro #51 na equipe Shell V-Power

“Estou bem preparado para a Corrida do Milhão. Estou treinando de kart e já treinei no simulador. Vai ser uma corrida diferente, com estratégias novas, e vamos nos reunir com a equipe para vermos os planos para o fim de semana. Estou muito feliz por correr em Interlagos, minha pista preferida. No ano passado, fiz a minha estreia na Stock Car, e estou bem animado.”
Gaetano di Mauro, piloto do carro #11 na equipe Shell Helix Ultra

“O pneu DM é uma grande novidade, ninguém sabe como será essa degradação, se será muito acentuado. Outra questão obrigatória é correr com os pneus e combustÁ­vel usados na classificação. Então, obviamente, quem largar na frente terá uma condição de pneu pior e vai ter de abastecer mais nos boxes. Isso dá uma embaralhada na corrida, uma bagunçada, pode trazer alguém mais de trás para a frente e vice-versa. O sétimo colocado, que ficou fora do Q3 e Q4, vai ter dado oito ou nove voltas a menos do que que os três primeiros. Com isso, ele vai ter de abastecer bem menos. Não temos o consumo certo ainda porque mudou o mapeamento esse ano, e ninguém andou em Interlagos esse ano, mas deve haver uma diferença de 15 a 20 litros, e isso vai fazer diferença. Então, todo mundo espera uma dinâmica de corrida bem legal e movimentada, e o piloto que souber usar o push com inteligência, guardar para a hora certa e esperar o que vai acontecer, pode ser que tenha uma vantagem significativa e dê o pulo do gato para levar o milhão. Estamos bem animados e com grandes expectativas.”
Thiago Meneghel, chefe da equipe Shell V-Power