Stock: Ingo vence em Interlagos e Cacá Bueno é campeão

O piloto carioca Cacá Bueno da Equipe RC-Eurofarma, depois de três vice-campeonatos conquista o tÁ­tulo da temporada 2006 da V8.


Assim como prometia, a última corrida da temporada 2006 foi uma das mais emocionantes e imprevisÁ­veis.

Após o domÁ­nio de Cacá Bueno durante quase todo o ano, a pole de Maluhy e a necessidade apenas da vitória de Hoover Orsi para que o tÁ­tulo fosse para as mãos do piloto da NarsCastroneves assombraram os nervos de Cacá.

Na largada Maluhy, mesmo com um carro inferior aos demais adversários conseguiu manter-se na ponta, sendo seguido por Orsi, Sperafico e Cacá Bueno. Já na segunda volta, Cacá depois de travar disputa porta a porta com Sperafico, ganha a terceira posição.

No final da segunda volta, Cacá ultrapassa Orsi e assume a segunda colocação, e já na reta dos boxes consegue ultrapassar Maluhy. Porém de forma surpreendente Orsi pula de terceiro para a ponta.

Na subida do café, Cacá por dentro é espremido por Orsi e os dois se tocam. Orsi roda e bate no muro, mas Cacá continua na corrida, mesmo perdendo posições. Com isso Felipe Gama assume a ponta sendo seguide por Maluhy. Cacá cai para a terceria posição.

Cacá Bueno, mesmo podendo administrar a corrida mostra muito entusiasmo e na sexta volta tentar ganhar a posição de Maluhy, que mostrando ter um carro mais lento, fecha a porta e tenta manter-se na disputa. Porém no laranjinha Cacá consegue ultrapassar e ganhar a segunda posição.

Na nona volta Gama continua na ponta, o que seria sua primeira vitória na categoria, com Cacá em segundo, Allan Khodair em terceiro e Maluhy em quarto. Com Orsi fora, Maluhy precisaria abrir 6 pontos de vantagem em relação a Cacá para conquistar o tÁ­tulo.

Na volta 11 Maluhy perde posições para Sperafico, Ingo, Negrão e Neto, caindo para oitavo. David Muffato roda sozinho na subida da junção. Na volta 14, Losacco que tinha manches de tÁ­tulo abandona.

Na volta 15 Gama com problemas no diferencial abandona a prova e Cacá assume a ponta. Sperafico é o segundo sendo seguido por Ingo Hoffmann. Cacá Bueno recebe punição por antitude anti-esportiva, devido ao toque com Orsi e terá que pagar uma passagem pelos boxes (drive-through).

Cacá entra para os boxes para pagar sua penalidade na volta 20, e Ingo mesmo sendo espremido por Sperafico no “S” do Senna consegue assumir a ponta. Devido a manobra, Sperafico também é punido com um drive-through.

Ingo é o lÁ­der da prova, seguido por Guto Negrão e Antonio Jorge Neto, que também pode sagrar-se campeão caso vença e Cacá termine em oitavo lugar. Após a punição, Cacá volta em décimo primeiro lugar.

Faltando 4 voltas, Cacá sobe para o sétimo lugar e começa administrar seu final de corrida. Negrão erra e Neto assume o segundo lugar.

Neto vai para cima de Ingo, mas o alemão consegue sua vitória de número 100 na categoria; Neto cruza em segundo com Negrão fechando o pódio.

Cacá termina a prova na sétima posição e sagra-se campeão brasileiro de Stock Car V8 depois de três vice-campeonatos.

Após a prova, Cacá Bueno mostrou-se muito feliz em ter conquistado o tÁ­tulo de pilotos, e muito feliz também pelo vice campeonato de Jorge Neto, além da conquista do tÁ­tulo de equipes para a RC-Eurofarma. “Desculpem mas esse ano ganhamos tudo”, declarou o piloto.

Cacá falou ainda sobre a punição que sofreu: “Quando fui avisado do penalty não acreditei”, e continuou “quem entende de automobilismo sabe que, para dar uma volta em Interlagos a posição ideal da subida não é junto a zebra, mas eu estava lá, e não tinha o porquê do Orsi me jogar para fora da pista”, explicou.

Sobre as vaias que recebeu das arquibancadas após a vitória, Cacá não mostrou-se chateado: “As vaias e os aplausos mostram que o público realmente está apaixonado pela prova, eles não vêm mais aqui para ver desfile de carros, eles vêm aqui para torcer por esse ou aquele piloto, e isso é fantástico”.

Confira o resultado da etapa de Interlagos:

1º) Ingo Hoffmann (ML, SP), 27 voltas em 46:06.914 (média de 151.37 km/h)
2º) Antonio Jorge Neto (ML, SP), a 0.210
3º) Guto Negrão (CA, SP), a 1.933
4º) Popó Bueno (CA, RJ), a 11.580
5º) Alceu Feldmann (CA, PR), a 14.146
6º) Allam Khodair (CA, SP), a 19.117
7º) Mateus Greipel (CA, SC), a 19.540
8º) Cacá Bueno (ML, RJ), a 19.706
9º) Thiago Marques (VB, PR), a 20.564
10º) Ricardo Mauricio (ML, SP), a 25.182
11º) David Muffato (VB, PR), a 25.558
12º) Pedro Gomes (VB, SP), a 28.388
13º) Felipe Maluhy (ML, SP), a 29.597
14º) NonÁ´ Figueiredo (CA, SP), a 29.699
15º) Juliano Moro (ML, RS), a 31.932
16º) Raul Boesel (VB, PR), a 32.983
17º) Rodrigo Sperafico (CA, PR), a 34.360
18º) Christian Conde (ML, SP), a 36.919
19º) Paulo Salustiano (CA, SP), a 42.237
20º) Mano Rola (CA, CE), a 50.436
21º) Alan Chanoski (ML, PR), a 1:08.351
22º) Fábio Carreira (VB, SP), a 1 volta
23º) Luciano Burti (VB, SP), a 1 volta
24º) Christian Fittipaldi (CA, SP), a 1 volta
25º) Atila Abreu (CA, SP), a 4 voltas
26º) Chico Serra (VB, SP), a 5 voltas
27º) Ruben Fontes (CA, GO), a 6 voltas
28º) Carlos Alves (VB, SP), a 8 voltas
29º) Duda Pamplona (ML, RJ), a 8 voltas
30º) Tarso Marques (ML, PR), a 8 voltas
31º) Diogo Pachencki (CA, PR), a 10 voltas
32º) Felipe Gama (CA, SP), a 12 voltas
33º) Giuliano Losacco (CA, SP), a 14 voltas
34º) Gualter Salles (CA, RJ), a 16 voltas
35º) Ruben Carrapatoso (ML, SP), a 16 voltas
36º) Thiago Camilo (CA, SP), a 17 voltas
37º) Wellington Justino (CA, GO), a 19 voltas
38º) Jader David (VB, SP), a 21 voltas
39º) Hybernon Cisne (CA, CE), a 23 voltas
40º) Hoover Orsi (VB, MS), a 23 voltas
41º) Claudio Caparelli (VB, RJ), a 24 voltas
42º) Valdeno Brito (CA, PB), a 25 voltas

Melhor Volta: Gualter Salles, 1:39.998