Stock: Pilotos testam pneus para 2007 nesta segunda-feira

Atuais recordes de pista não serão quebrados na próxima temporada.

Os atuais recordes de pista da Stock Car não devem ser sequer arranhados em 2007. Importados da Itália ao cabo de uma complicada logÁ­stica, os os pneus Pirelli D4 darão vez aos modelos P Zero nacionais. A economia de custos terá como contrapartida o acentuado aumento nos tempos de voltas. “Os carros ficarão em torno de 3,5 segundos mais lentos num circuito como este de Jacarepaguá”, estima Andreas Mattheis, diretor-técnico da Equipe Medley. â€œÉ apenas uma projeção, mas acho que bastante realista. A Stock Car Light utiliza esses mesmos pneus e somos quase sete segundos mais rápidos”, continua.


Os cálculos de Mattheis poderão ser confirmados já nesta segunda-feira. Duas equipes, escolhidas por sorteio, permanecerão em Jacarepaguá depois da prova de domingo para testar os novos pneus. A Medley tem interesse em participar dos trabalhos. “Como temos um ótimo conhecimento da pista, poderemos ser úteis”, acrescenta Mattheis, ex-piloto com vasta experiência e tÁ­tulos nos campeonatos regionais de turismo do Rio de Janeiro.


A disparidade de tempos pode ser explicada pelas diferenças de compostos e construção. Os D4 são mais duros e, de acordo com Mattheis, mantêm por mais tempo o pico de performance. “Os nacionais dão uma volta rápida e, em seguida, perdem rendimento rapidamente”, explica. Os técnicos da Pirelli, contudo, dizem que a diferença inicial apenas se mantém. “Depois, o nÁ­vel de degradação é igual nos dois casos”, garantem, embora admitam que entre as implicações da troca dos pneus esteja a mudança no acerto e o aumento da calibragem.


Se mantido, o forte calor do Rio de Janeiro ajudará a compor um quadro ideal para os testes. Quanto mais próximo das condições crÁ­ticas, melhor. E elas estão contribuindo. Nesta sexta-feira, por exemplo, a medição no solo apontou 62 graus. A temperatura em si não é problema, desde que asfalto e pneus apresentem números aproximados. Preocupante é quando há uma variação muito grande – provavelmente, o acerto das suspensões estará muito errado. Patrick Grandidier, chefe da Equipe Medley que passou por diversas equipes da Fórmula 1, observa que a temperatura aceitável dos pneus se situa entre 80 e 100 graus. Com o asfalto tão quente quanto o de hoje, no entanto, o limite pode ser ampliado até 110. “Depois disso, o carro fica inguiável”, sustenta.