Stock: Pneus, o maior desafio das equipes em Interlagos

Com grande variação de desempenho, pneus se tornam mais importantes que a habilidade dos pilotos na luta por um bom resultado.

O enigma dos pneus é o desafio principal para a equipe Eurofarma-RC na quarta etapa do Campeonato Brasileiro de Stock Car V8 que será realizada no próximo fim de semana no autódromo de Interlagos, em São Paulo. A prova, que marcará o encerramento da primeira metade da série classificatória para o Play Off, representa uma loteria para o campeão Cacá Bueno; para o vice-campeão Antonio Jorge Neto, e também para outros pilotos, mecânicos e chefes de equipes na tentativa de acertarem a escolha dos pneus mais adequados para os carros, o traçado da pista e as condições do asfalto.

O campeonato deste ano está marcado pela variação de comportamento dos pneus, o que dificulta o acerto dos carros para todas as equipes. Rosinei Campos, o MeÁ­nha, chefe da Eurofarma-RC, explica que os carros estão conferidos e tecnicamente perfeitos para a corrida, mas que os pneus apresentam muita diversidade em termos de aderência. Embora teoricamente idênticos, tem sido comum provocarem a tendência understeer (sair de frente) ou oversteer (fazem os carros perderem a aderência das rodas traseiras) ou simplesmente não proporcionam o rendimento desejado e deixam todos perdidos.

MeÁ­nha reconhece ser um sério problema que todos enfrentam e que os pilotos que obtiveram resultados positivos contaram com sorte ao receber pneus com melhor aderência. Também explica que a Pirelli investiga a variação de rendimento entre os pneus e que a equipe Eurofarma-RC teve adversidades adicionais, que foram os acidentes de Jorge Neto, em Interlagos, e o erro de Ricardo Zonta, que tirou Cacá Bueno da prova de Curitiba. “Se não fossem esses dois acidentes, o Cacá estaria hoje em segundo lugar no campeonato, com apenas um ponto atrás do lÁ­der, e Jorge Neto também faria parte dos dez que disputarão o Play Off”, esclarece.

De acordo com MeÁ­nha, os carros foram conferidos em todos os pontos e receberam os acertos com base na análise do desempenho apresentado nas três primeiras corridas. “Tenho a convicção de chegar a um melhor rendimento dos carros e que em Interlagos voltaremos ao nÁ­vel do ano passado, quando conquistamos os tÁ­tulos de campeão e de vice-campeão da temporada”.

Para o vice-campeão Jorge Neto, por ser a segunda etapa do ano em Interlagos, todas as equipes já têm uma base para começar o trabalho de acerto dos carros nos treinos de sexta-feira. “A pista paulista é a mais conhecida por todos e tanto os chefes de equipe quanto os pilotos sabem o comportamento dos carros aqui, o que aumenta a competitividade. A prova vai ser bem difÁ­cil e disputada”, comenta Neto.