Stock: Retrospecto anima, mas falhação preocupa Losacco em Curitiba

Equipe Flash Power ainda busca solução para problema de Interlagos.

Três sessões classificatórias, a partir das 11h20, definem neste sábado o grid da segunda etapa da temporada 2010 da Stock Car. A chuva não deve aparecer nos treinos no Autódromo Internacional de Curitiba-Pinhais, mas o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) estima em 90% as chances de precipitações durante a prova de domingo. A pista é quase um segundo lar do bicampeão Giuliano Losacco, que aposta suas fichas no seu retrospecto e no bom desempenho no circuito base da Equipe Flash Power para largar nas primeiras filas.
“Gosto de correr em Curitiba, me sinto confortável aqui. Meus resultados sempre foram bons, seja correndo de Stock Car ou em outras categorias. ImpossÁ­vel não pensar em andar bem e largar no pelotão da frente. Vou trabalhar muito para conseguir isso”, disse o piloto paulista, dono de cadeira cativa na história da Stock Car desde que se tornou o primeiro estreante a largar na pole position (2003), justamente no circuito da capital paranaense.
E se depender do seu retrospecto, Losacco tem tudo para alcançar seu objetivo. Nas 14 vezes em que competiu nesta pista pela Stock, largou três vezes na pole e subiu cinco vezes ao pódio (uma vitória, dois segundos e dois terceiro lugares). Nas outras oportunidades, pelo menos terminou na zona de pontuação. “Ano passado eu consegui um 14º lugar depois de sair em último e na prova dos playoffs acabei em quinto. Não vai ser fácil, mas se repetir o que eu e a equipe já fizemos aqui será sensacional.”
A confiança é também justificada pela experiência do chefe de equipe Juan Carlos Mico Lopez na sede do time. Ano passado, na abertura da Super Final, Mico Lopez colocou o carro de Ricardo Zonta na pole. “Confio demais no trabalho da nossa equipe, dos mecânicos aos engenheiros. Estamos ainda no começo da nossa trajetória, é apenas a segunda etapa, mas já deu para sentir que o carro é muito bom”, contou Losacco. “Amanhã na classificação vamos tentar melhorar ainda mais.” O que pode conspirar contra o otimismo de todos é a misteriosa falhação no motor desde a estreia em São Paulo e cujas causas permanecem desconhecidas. “Já viramos o carro do avesso, trocamos centralina, alternador, bateria, mexemos no pescador de combustÁ­vel, e nada. É um problema que continua preocupando”, admitiu Mico Lopez.
Sobre as baixas temperaturas em Curitiba, que têm oscilado entre 10ºC e 17ºC, Losacco diz que isso ajuda na hora de acelerar. “É sempre bom correr com um friozinho, porque o motor trabalha melhor e a gente não sente aquele incÁ´modo do calor excessivo dentro do carro. Eu diria que esse clima é ideal para todo mundo, e é outra coisa que eu espero aproveitar bem na classificação e depois na corrida. Correr com um ventinho frio é melhor, né?”