Stock: Sorte ajuda e Cacá herda vitória em Interlagos

Tricampeão domina segunda etapa depois dos problemas com Gomes e MaurÁ­cio

A sorte ajudou, e ajudou muito, na vitória conquistada por Cacá Bueno (Red Bull) na segunda etapa da Stock Car. O tricampeão ocupava a terceira colocação na prova disputada neste domingo em Interlagos e chegou Á  ponta quando os pilotos que estavam Á  sua frente foram derrubados por problemas. O pole Ricardo MaurÁ­cio (RC) e então lÁ­der se atrasou na parada para reabastecimento e troca de pneus, ao colocar o carro em movimento ainda com a garrafa de combustÁ­vel acoplada ao bocal do tanque. Em seguida, Marcos Gomes (Medley/Full Time Sports) – que assumira o comando da corrida – parou na reta oposta na 14ª volta com provável pane no motor. Com o 4º lugar, Thiago Camilo (RCM Motorsport) se manteve no topo da tabela, agora com 39 pontos.

Foi a 24ª vitória do piloto carioca na Stock Car e a quinta na pista paulistana, o que o transforma no maior vencedor em Interlagos na era moderna da categoria, inaugurada com a introdução dos motores V8 em 2001. “Foi uma vitória da humildade. Fui mal em Curitiba, a equipe também, mas soubemos reconhecer isso e trabalhar de forma diferente para São Paulo. O resultado foi um trabalho magnÁ­fico de todos”, disse Cacá, que cruzou a linha de chegada escoltado pelo companheiro Daniel Serra e por MaurÁ­cio, em boa recuperação até garantir a última vaga no pódio como prêmio de consolação.

Gomes regressou aos boxes sem esconder o enorme desapontamento pelos 25 pontos que escorreram por entre os dedos das mãos. “O carro começou a falhar na reta dos boxes e o motor entrou em modo de segurança na reta dos boxes”, explicou o terceiro-colocado no grid, abatido com o fim do sonho de vencer pela quinta vez na pista onde ganhou suas quatro corridas na Stock Car. Gomes fez uma largada impecável e passou Cacá no Esse do Senna. A equipe ainda não sabia exatamente o que ocorrera. “Acho que a causa mais provável é o aumento da temperatura do motor”, arriscou o diretor-técnico MaurÁ­cio Ferreira.

A decepção com o final prematuro e inesperado de Gomes não foi o único dissabor enfrentado pela Medley/Full Time Sports num dia nublado e marcado pela umidade, traduzida numa breve garoa ao longo das 32 voltas. Xandinho Negrão, parceiro de Gomes, retardou ao máximo o pit stop e ocupava a segunda posição – largara em 25º – quando abandonou no pit lane com o cubo de roda quebrado durante a troca dos pneus traseiros. Xandinho fazia uma corrida agressiva e fez quatro ultrapassagens na primeira volta. Ficou impressionado com nÁ­vel das disputas no pelotão de trás. “O que os caras estavam batendo era brincadeira…”