WEC: Senna sai em 3º e pressiona Toyota na China

O favoritismo das Toyota está sendo colocado em xeque pela primeira vez na supertemporada 2018/2019 do Campeonato Mundial de Endurance – FIA WEC. Os carros da marca japonesa, única equipe de fábrica na competição, fecharam a primeira fila do grid das 6 Horas de Xangai, quinta e última etapa do ano, mas nunca estiveram tão pressionados pelas equipes independentes. Com Bruno Senna e o alemão Andre Lotterer se alternando ao volante do R13-Gibson, a Rebellion estabeleceu o 3º tempo da sessão classificatória deste sábado (1:42.218 na média das duas melhores voltas), ficando a apenas 0s287 da pole do inglês Mike Conway e do japonês Kamui Kobayashi e a somente 59 milésimos do espanhol Fernando Alonso e do nipÁ´nico Kazuki Nakajima.

Essa foi a menor diferença entre as Toyota e suas rivais, mas a indicação de que a resistência aos modelos hÁ­bridos seria maior na China veio pela manhã, quando Bruno dominou a terceira sessão de treinos livres e abriu a dobradinha da Rebellion Racing. Foi a primeira vez desde o inÁ­cio do calendário em maio nas 6 Horas de Spa que a Toyota foi superada. Esse desempenho sugere uma possibilidade real de vitória para Bruno e seus parceiros. O suÁ­ço Neel Jani, terceiro tripulante do R13-Gibson, começará a prova, cedendo o cockpit ao brasileiro para o segundo turno de pilotagem.

Bruno não acredita que a Toyota esteja escondendo o jogo. “No Japão, na corrida passada, perdemos potência por causa da altitude e também porque tivemos de economizar combustÁ­vel. Aqui está mesmo mais próximo”, avaliou. Apesar da confiança, observa que o carro ainda precisa ser melhorado para as condições da corrida, com seis horas de duração e previsão de chuva. “O problema no controle de tração persiste”, acrescentou. De qualquer forma, o trabalho será duro no circuito chinês. “A Toyota tem vantagem no ritmo de corrida no seco. Mas, se chover mesmo, só Deus sabe o que acontecerá.”