24 Horas de Le Mans: Trio Rinaldo Capello/ Tom Kristensen/ Allan McNish, de Audi R10 TDI, vence a 76º edição das 24 Horas de Le Mans

O trio Rinaldo Capello/ Tom Kristensen/ Allan McNish, num Audi R10 da Audi Sport North America, venceu no domingo (15/06), a 76º edição das 24 Horas de Le Mans, na França. O trio Marc Gené/ Nicolas Minassian/ Jacques Villeneuve, num Peugeot 908 do Team Peugeot Total, foi o 2º, com seus parceiros Franck Montagny/ Ricardo Zonta/ Christian Klien, completando os três primeiros. Todos da classe LMP1.

O Audi de Capello/ Kristensen/ McNish alcançou a liderança da prova quando a chuva começou a cair na pista francesa. O trio não teve adversário nas últimas horas de disputa, vencendo com uma volta de vantagem sobre Gene/ Minassian/ Villeneuve. O dinamarquês Kristensen foi o grande responsável pela vitória, com uma incrÁ­vel pilotagem em seu turno. Ele se tornou o maior vencedor da história da mais tradicional prova de endurance do planeta, com oito vitórias (1997, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2008). Foi a quinta vitória consecutiva da montadora alemã na prova.


A Peugeot mais uma vez, depois de dominar os treinos classificatórios, não levou a taça, que persegue desde a dobradinha em 1992-1993. O trio Pedro Lamy/ Stéphane Sarrazin/ Alexander Wurz, que largou na pole-position, teve problemas na caixa de marchas, logo no começo da prova. Depois uma batida do português Lamy no muro, acabou com as chances de vitória do trio, que terminou na 5º posição.


Um stop&go devido a um farol quebrado e depois uma rodada, na parte da noite, do ex-F-1 Klien, prejudicou a prova do trio Montagny/ Zonta/ Klien.


A batalha pela vitória foi intensa durante as últimas horas da prova, com a Peugeot tendo vantagem com a pista seca. Contudo faltando cerca de uma hora para o termino das 24 horas, a chuva retornou a pista, fazendo as duas equipes traçarem estratégias diferentes de pneus. Minassian optou por permanecer com pneus slick, devido a apenas um terço do circuito estar molhado, com Kristensen mudando para os intermediários. Os dois minutos de diferença entre os dois rivais desapareceram com Minassian parando nos boxes, para colocar pneus de chuva, depois de dois erros, deixando a liderança para Kristensen, que trocou os compostos para de chuva dez minutos depois.


Entretanto o jogo de pneus de Minassian não parecia muito equilibrado e o francês teve que parar novamente nos pits, para colocar um novo jogo, perdendo uma volta. Ele conseguiu recuperar a volta.


Além da oitava vitória de Kristensen, McNish comemorou a sua segunda, depois de dez anos, com Capello levando a sua terceira taça (as outras foram em 2003 e 2004).


Pela classe LMP2 a vitória foi do trio Peter Van Merksteijn/ Jos Verstappen/ Jeroen Bleekemolen, num Porsche RS Spyder da Van Merksteijn Motorsport. No geral foram 10º.


O trio David Brabram/ Antonio Garcia/ Darren Turner, num Aston Martin BDR9 daAston Martin Racing, venceu na classe GT1. No geral o trio chegou na 13º posição.


Jaime Melo Júnior em trio com Mika Salo e Gianmaria Bruni, com a Ferrari 430 da Risi Competizioni, venceu na classe GT2, terminando na 19º posição geral. Foi a segunda vez que um brasileiro venceu em Le Mans.


Depois de ter problemas no câmbio do Aston Martin BDR9 da equipe Modena, Christian Fittipaldi completou a prova na 30º colocação geral e 8º na classe GT1.


Thomas Erdos, em trio com Mike Newton e Andy Wallace, no Lola B05-40 MG da RML, abandonou na 100º volta. Erdos foi o primeiro brasileiro a vencer na França, pela classe LMP2 em 2005 e 2006.


Estreando na prova, Xandinho Negrão abandonou na 82º volta. Ele dividiu a condução do Aston Matin DBR9 da Vitaphone com Nick Levantis e Peter Hardman. O carro quebrou a transmissão no turno de Levantis, com pouco mais de quatro horas de disputa.


Final:



1 – Capello-Kristensen-McNish (Audi R10) – Audi – 381 voltas em 24.00’24″085
2 – Gene-Minassian-Villeneuve (Peugeot 908) – Peugeot – 4’31″094
3 – Montagny-Klien-Zonta (Peugeot 908) – Peugeot – 2 voltas
4 – Luhr-Premat-Rockenfeller (Audi R10) – Audi – 7 voltas
5 – Lamy-Sarrazin-Wurz (Peugeot 908) – Peugeot – 13 voltas
6 – Biela-Pirro-Werner (Audi R10) – Audi – 14 voltas
7 – Primat-Tinseau-Treluyer (Pescarolo-Judd) – Pescarolo – 19 voltas
8 – Ayari-Duval-Groppi (Courage-Judd) – Oreca – 24 voltas
9 – Mucke-Enge-Charouz (Lola Aston Martin) – Charouz – 27 voltas
10 – V. Merksteijn-Verstappen-Bleekemolen (Porsche RS Spyder) – V.M. – 27 voltas
12 – Elgaard-Nielsen-Maassen (Porsche RS Spyder) – Essex – 34 voltas
13 – Brabham-A.Garcia-Turner (Aston DBR9) – Aston Martin – 37 voltas
14 – Fellows-O’Connell-Magnussen (Corvette C6R) – Corvette – 37 voltas
15 – Gavin-Beretta-Papis (Corvette C6R) – Corvette – 40 voltas
16 – Frentzen-Piccini-Wendlinger (Aston DBR9) – Aston Martin – 42 voltas
17 – Alphand-Moreau-Policand (Corvette C6R) – Alphand – 46 voltas
18 – Ragues-Lahaye-Cong Fu (Pescarolo-Judd) – Saulnier – 48 voltas
19 – Melo-Salo-Bruni (Ferrari 430) – Risi – 55 voltas
20 – Amaral-Pla-Smith (Lola-AER) – ASM – 56 voltas
21 – Blanchemain-Goueslard-Pasquali (Corvette C6R) – Alphand – 56 voltas
22 – Malucelli-Ruberti-Babini (Ferrari 430) – BMS – 63 voltas
23 – Ehret-Kaffer-Nielsen (Ferrari 430) – Farnbacher – 64 voltas
24 – Hall-Mowlem-Goosens (Creation-Aim) – Creation – 65 voltas
25 – Aucott-FertÁ¨-Daoudi (Ferrari 430) – JMB – 69 voltas
26 – Nicolet-Faggionato-Hein (Pescarolo-Judd) – Saulnier – 72 voltas
27 – Davison-Henzler-Felbermayr (Porsche 997) – Felbermayr – 72 voltas
28 – Bouchut-Bornhauser-Smet (Saleen S7R) – Larbre – 75 voltas
29 – Barazi-Vergers-Moseley (Zytek 07S) – Barazi Epsilon – 77 voltas
30 – Fittipaldi-Borcheller-Menten (Aston Martin DBR9) – Modena – 79 voltas
31 – Rostan-Devlin-Jeannette (Radical-AER) – Bruichladdich – 84 voltas
32 – Neiman-Bergmeister-Van Overbeek (Porsche 997) – Flying L. – 92 voltas
33 – Ito-Tachikawa-Kataoka (Dome S102-Judd) – Dome – 109 voltas
34 – Rusinov-Kox-Hezemans (Lamborghini) – Spartak – 115 voltas


Volta mais rápida: Lamy-Sarrazin-Wurz 3’19″934


Abandonos:


Bell-Mullen-Sugden (Ferrari 430) – Virgo – 289 voltas
Collard-Boullion-Dumas (Pescarolo-Judd) – Pescarolo – 238 voltas
Lewis-Willman-McMurry (Creation-Judd) – Autocon – 224 voltas
Hughes-Kane-Foster (WF01 Zytek) – Embassy – 213 voltas
Belicchi-Pompidou-Zacchia (Lola Judd) – Speedy – 194 voltas
Burgueno-Valles-De Castro (Epsilon-Judd) – Epsilon – voltas
Terada-Takahashi-Katoh (Courage-Mugen) – Terramos – 157 voltas
Suzuki-Kageyama-Kurosawa (Courage Oreca YGK) – Tokai – 97 voltas
Gounon-Johansson-Nakano (Epsilon Euskadi Judd) – Epsilon Euskadi – 130 voltas
Panis-Fassler-Pagenaud (Courage-Judd) – Oreca – 147 voltas
De Pourtales-Noda-Simonsen (Courage-Judd) – Oreca – 147 voltas
Pickett-Graf-Lammers (Lola Judd) – Charouz – 146 voltas
Vilander-Biagi-Montanari (Ferrari F430 GT) – AF Corse – 111 voltas
Erdos-Newton-Wallace (Lola MG) – RML – 100 voltas
Evans-Berridge-Streton (Lola AER) – Chamberlain – 87 voltas
Hardman-Leventis-Negrao (Aston Martin DBR9) – Vitaphone – 82 voltas
Chiesa-Leuenberger-Alexander David (Spyker C8 Laviolette) – Speedy – 72 voltas
Dumbreck-Kelleners-Vasiliev (Spyker C8 Laviolette) – Speedy – 43 voltas
Narac-Lietz-Long (Porsche 997 GT3) – Imsa Performance – 26 voltas
Ojjeh-Gosselin-Sharpe (Zytek 07S) – Trading Performance – 22 voltas
Krohn-Jonsson-Van De Poele (Ferrari F430 GT) – Risi – 12 voltas