500 Milhas Granja Viana:Equipe Etti Piquet Sports completa 500 Milhas da Granja Viana entre as 10 primeiras

Do ponto de vista estratégico, a equipe Etti Piquet Sports tinha todas as chances de estar no pódio da 10ª edição das 500 Milhas de Kart da Granja Viana, encerrada neste domingo (dia 3), em Cotia (SP). No entanto, o rendimento ruim dos motores nas longas retas do kartódromo impediu que o time pudesse estar entre os três primeiros.

 


Liderada por Nelsinho Piquet, piloto de testes da escuderia Renault de Fórmula 1, a equipe finalizou as 500 Milhas em nono lugar, com o kart de número 4, e em 15º com o kart 3. O time ainda contou com os pilotos Rodrigo Piquet, Clemente Faria Jr., Rafael Suzuki e Felipe Nasr.


No lugar mais alto do pódio, uma surpresa. A equipe MG Polipetro, que largou em segundo, faturou a prova, completando as 644 voltas em 10h36min26s782. Os pilotos Otavio Bonder, Antonio Francesco Ventre, José Eduardo Ventre, Bruno Pacetti e Lucas Rodrigues comemoram bastante a conquista inédita.


Rubens Barrichello, Tony Kanaan, Felipe Giaffone e Dan Wheldon encerraram a disputa em segundo lugar. Luciano Burti, Gabriel Dias, Felipe Guimarães e Dennis Dirani terminaram em terceiro. Já o time de Felipe Massa, que largou na pole, não completou a prova com problemas no motor e após se envolver em um acidente ainda no inÁ­cio da madrugada. Outro piloto da Fórmula 1 nas 500 Milhas foi Ricardo Zonta, que finalizou na 32ª posição.


Apesar de não ter conquistado o pódio, a sensação era de missão cumprida para a equipe Etti Piquet Sports. Estar com os dois karts entre os 15 primeiros, em uma corrida tão longa e com 74 equipes, foi um resultado positivo.


“Só faltou motor”, resumiu Marcelo Santos, da Faster Motorsport, que preparou os karts da equipe ao lado da Dibo Racing. “Mexemos inúmeras vezes no set up para tentar melhorar o kart, mas não conseguimos o resultado esperado”, lembrou. “O que ajudou foi que adotamos uma estratégia de prolongar o perÁ­odo em que os pilotos estavam na pista e acabamos fazendo um pit stop a menos que todos os outros times. Isso fez com que estivéssemos sempre entre os 10 primeiros ao longo da prova”, completou Santos.


“Alongamos a ‘tocada’ de cada piloto e acabou dando certo. Foi mais uma vez uma corrida muito desgastante, onde também contou a estratégia das equipes em saber poupar seus equipamentos”, explicou Rodrigo Piquet.


Rafael Suzuki também ressaltou o trabalho da equipe fora da pista. “A estratégia foi perfeita. Com o problema no motor, não conseguÁ­amos ultrapassar os retardatários na reta e acabávamos perdendo 1s5 ou até 2s por volta. E mesmo assim, quase fomos para o pódio.”


Já Clemente Faria Jr. lembrou que foi preciso bastante cuidado. “Sem uma boa performance do motor na reta, você corre mais riscos de bater o kart”, contou o piloto, que largou em 34º lugar com o kart de número de 3 e rapidamente estava entre os 15 primeiros.


O companheiro Felipe Nasr, de apenas 14 anos, agüentou firme a maratona e, depois de 3h20 pilotando durante as mais de 10 horas de prova, mostrava as bolhas nas mãos. “Também senti câimbras e as pernas dormentes, mas valeu a pena”.


Para Nelsinho Piquet, que largou em 16º com o kart 4, foi bom voltar a competir em um kartódromo. “Foi uma pena não termos conseguido o pódio, porque a equipe fez um trabalho muito bom. Infelizmente, o motor deixou a desejar, mas conseguimos nos manter constante e completar a prova com os dois karts bem posicionados”, encerrou o piloto de testes da Renault, que correu durante 4h30 na Granja.


Nelsinho volta para a Europa, onde tem compromissos com a escuderia da Fórmula 1, mas regressa ao Brasil nas próximas semanas para mais uma disputa no kart: o Desafio Internacional das Estrelas, nos dias 16 e 17, em Florianópolis (SC).