Campeonato Brasileiro de Turismo 1600: Quem disse que elas não aceleram e manjam?

Representante feminina no grid, Larissa Cruzeiro nos dá uma aula sobre cada uma das marcas envolvidas no CBT 1600.

Lugar de mulher sabe onde é? É na pista, acelerando! Ou na oficina, dando pitaco no acerto do carro. Quem faz isso com gosto e com moral é a goiana Larissa Cruzeiro, que divide com o pai Rogério a condução de um Ford Ka no Campeonato Brasileiro de Turismo 1600.

É só trocar uma ideia rápida para ver que Larissa não é nada boba. Ela sabe muito bem onde está pisando e tem um conhecimento técnico que joga muito marmanjo entendido para baixo do tapete. E isso pode ser comprovado pela descrição minunciosa que ela faz das qualidades dos carros no grid, sem antes atestar que não um vantagem gritante entre eles.

“Aqui não tem carro que seja mais ou menos potente, o todos são compatÁ­veis, o que diferencia hoje, é o regulamento que cada um compõe. A Chevrolet sempre foi a escolha da maioria do grid, mas a Ford entrou pra tentar derrubar essa fama. A diferença é muito pouca, mas a Chevrolet ainda continua no ranking melhor carro-performance do momento”, analisa Larissa, que tem um baita conhecimento de causa: já andou com as três marcas do grid e fala com autoridade sobre os motivos que a levaram a escolher o Ka desde o ano passado.

“Já corri de VW e Chevrolet, mas, em 2016, optamos pelo Ford, por ser um carro considerado forte e resistente em todos os sentidos. Minha equipe foi campeã de Ford em Goiás e, a partir dai, todos da equipe hoje correm pela Ford. Não me arrependo, até porque a diferença realmente é notada e a Ford tem capacidade de virar a cabeça de todos os fanáticos da Chevrolet e Volkswagen”.

Sendo assim, Larissa, a gente vai abusar da sua boa vontade: já que você andou em todos, rola nos contar a diferença entre cada um dos carros das três marcas envolvidas? “Claro, vamos lá! Para andar de Volkswagen, você precisa ser um bom piloto e ter bastante dinheiro para aplicar na performance do carro. Não tem pra ninguém, é o carro que eu escolheria pra correr a vida toda”, analisa a goiana.

“Já o Chevrolet é o carro mais fácil de guiar que tem e acredito que todos deveriam começar por ele. Em contrapartida, acho que ele é um carro limitado, pois quando chega em um limite ele não evolui mais. Para mim é um carro linear”, opina Larissa.

“Por fim, os Ford. Não é por eu ter um Ford que eu sou suspeita para falar dele, mas é o melhor carro que ja guiei até hoje. Sabe aquele ditado “é muita areia p seu caminhão”? Assim é o Ford! Tem muita potência pra pouco espaço. Não sei o que acontece, mas o Ford não pode usar a força que tem. Infelizmente acho que o Ka é o que mais sofre com o regulamento, mas, como somos fortes, vamos mostrar para todos o nosso significado!”, completa a piloto.

E quem quiser ver esse tira-teima das marcas e ver Larissa domar o Kazinho é só dar um pulo no Autódromo de Curitiba na manhã deste sábado!

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Confira os horários da segunda etapa neste fim de semana em Curitiba:
 
Treino Livre 1: sexta (23), 10h05 Á s 11h05
Treino Livre 2: sexta (23), 13h00 Á s 13h30
Treino Livre 3: sexta (23), 14h40 Á s 15h10
Tomada de tempos: sexta (23), 16h20 Á s 17h10
Corrida 1: sábado (24), 9h40 (30 min + 1 volta)*
Corrida 2: sábado (24), 11h50 (30 min + 1 volta)*
 
* – transmissão ao vivo pelo site e Facebook da CATVE.
 
 
Sobre o Brasileiro de Turismo 1600
 
Após mais de 20 anos longe das pistas, o Brasileiro de Turismo foi ressuscitado por iniciativa da CBA e tem toda sua organização feita pela Scuderia JK Empreendimentos AutomobilÁ­sticos, com o objetivo de retomar os tempos de glória dos anos 80 e 90, quando contou com pilotos do quilate de Ingo Hoffmann, Paulo Gomes, Toninho da Matta, Andreas Mattheis, Amadeu Rodrigues e Fabio Sotto Mayor, entre muitos outros.
 
O regulamento permite a presença de carros fabricados no Mercosul a partir de 1995 das fabricantes Chevrolet, Volkswagen, Ford, Fiat, Renault, Peugeot e Citroen adaptados para competição e que respeitem as caracterÁ­sticas estéticas e mecânicas dos veÁ­culos, cujos motores precisam ter até 1.6L de capacidade cúbica. Com transmissões pela internet, o campeonato é dividido em três categorias (A, B e Master) e consiste de rodadas duplas com duração de 30 minutos mais uma volta.
 
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